quinta-feira, fevereiro 26, 2009
quarta-feira, fevereiro 25, 2009
Eu sou mal educado.
A falta de educação é de quem defende seu espaço e reclama de invasores, ou invasores é que são deselegantes?
Devemos, em nome de nossa boa educação, aceitar os que invadem as calçadas e, educadamente, desviar? Ou serão eles que não receberam educação e devem ser corrigidos?
É sensato sorrir e, com educação, agradecer cada ambulante que nos força a parar o que estamos fazendo para nos mostrar produtos sem valor, e dizer que não estamos interessados? Ou eles é que, nas ruas, nas praias, nos bares e restaurantes, não sabem se comportar e acreditam que, assim, venderão mais?
É normal aguentar fumaça de cigarro em ambientes fechados, para não sermos mal educados? Ou aqueles fumantes é que deviam se tocar e... Escolher outro lugar?
É educado aguentar músicas de gosto duvidoso em volume máximo, à porta de casa ou em frente ao trabalho? Ou estes exibicionistas e autoritários da cultura vulgar é que deveriam voltar aos bancos escolares?
Pois é. Se reagimos, estes invasores já estão prontos para nos ameaçar e dizer:
- Nossa, se eu soubesse que o senhor seria tão mal-educado nem teria oferecido...
Ou:
- Você nem pediu "por favor"!
Ou, ainda:
- Os incomodados que se retirem...
Uma senhora nos abordou, na praia, apoiou sobre nossa mesa uma caixa imensa, pediu licença e, antes que disséssemos "não", foi retirando pequenas embalagens e colocando-as sobre a mesa. Atrapalhou a conversa, o descanso, o sossego. Mal educada. Sem dúvida, muito mal educada. Reagi, em defesa do bom senso e de tudo que tenho ensinado sobre abordagem de clientes, turismo sustentável, persuasão:
- Desculpe, mas não lhe dei licença. A senhora está invadindo nosso espaço e não tem direito para isso.
- Mas o senhor está sendo muito mal educado! Eu tenho o direito de mostrar meus produtos!
Uma inversão ridícula de valores. Ela realmente acreditava naquilo. As pessoas no guarda-sol (é assim que se escreve, na nova gramática?) ao lado solidarizaram-se com ela, identificando-se com seu nível cultural. Sucesso. Ela vendeu quase tudo a eles.
E eu, quem diria, mal educado...
Devemos, em nome de nossa boa educação, aceitar os que invadem as calçadas e, educadamente, desviar? Ou serão eles que não receberam educação e devem ser corrigidos?
É sensato sorrir e, com educação, agradecer cada ambulante que nos força a parar o que estamos fazendo para nos mostrar produtos sem valor, e dizer que não estamos interessados? Ou eles é que, nas ruas, nas praias, nos bares e restaurantes, não sabem se comportar e acreditam que, assim, venderão mais?
É normal aguentar fumaça de cigarro em ambientes fechados, para não sermos mal educados? Ou aqueles fumantes é que deviam se tocar e... Escolher outro lugar?
É educado aguentar músicas de gosto duvidoso em volume máximo, à porta de casa ou em frente ao trabalho? Ou estes exibicionistas e autoritários da cultura vulgar é que deveriam voltar aos bancos escolares?
Pois é. Se reagimos, estes invasores já estão prontos para nos ameaçar e dizer:
- Nossa, se eu soubesse que o senhor seria tão mal-educado nem teria oferecido...
Ou:
- Você nem pediu "por favor"!
Ou, ainda:
- Os incomodados que se retirem...
Uma senhora nos abordou, na praia, apoiou sobre nossa mesa uma caixa imensa, pediu licença e, antes que disséssemos "não", foi retirando pequenas embalagens e colocando-as sobre a mesa. Atrapalhou a conversa, o descanso, o sossego. Mal educada. Sem dúvida, muito mal educada. Reagi, em defesa do bom senso e de tudo que tenho ensinado sobre abordagem de clientes, turismo sustentável, persuasão:
- Desculpe, mas não lhe dei licença. A senhora está invadindo nosso espaço e não tem direito para isso.
- Mas o senhor está sendo muito mal educado! Eu tenho o direito de mostrar meus produtos!
Uma inversão ridícula de valores. Ela realmente acreditava naquilo. As pessoas no guarda-sol (é assim que se escreve, na nova gramática?) ao lado solidarizaram-se com ela, identificando-se com seu nível cultural. Sucesso. Ela vendeu quase tudo a eles.
E eu, quem diria, mal educado...
quarta-feira, fevereiro 18, 2009
Consumo sustentável em ... Dubai?!
Dubai, capital dos Emirados Árabes Unidos, vinha sendo a vedete do consumo. Mais de 1,5 milhão de habitantes e, diziam, 30% dos guindastes de construção do mundo... Shoppings Centers megalomaníacos, torres futuristas, cidades inteiras construídas onde antes era apenas água. Ou deserto. Verdadeiras hordas de bárbaros estrangeiros invadiam a cidade contratados pelas empresas ou em busca de valorizados empregos. Seduzidos, compraram automóveis, moradias, bens... Bom para a economia, não é? Não.
O jornal O Estado de São Paulo trouxe, neste domingo, uma reportagem intrigante. Lá, nos Emirados Árabes, quem não pagar suas dívidas é detido. Sim, vai para a prisão (se a moda pega por aqui...). Pois veio a crise mundial. Uma crise provocada, em suas entranhas, pelo desequilíbrio da sedução do consumo e do lucro. Uma crise que pode ser o sinal de que os recursos estão diminuindo. Uma demonstração de que, mais do que nunca, precisamos observar nossas decisões de consumo.
Sim: Dubai. A reportagem informa que o aeroporto está repleto de automóveis abandonados por proprietários que perderam seus empregos, não conseguiram outros e, para não serem presos, fugiram do país... Alguns, educadamente, deixaram até bilhetes no parabrisa, desculpando-se. Os jornais, que antes pareciam mais um informativo de agência de empregos, de tantas opções, afinaram. Quase não há demanda por novos trabalhadores.
O protecionismo, vilão momentâneo da economia mundial, também pode ser a representação da esperada "guerra pelos recursos", em função da previsão de escassez. Os estudiosos da economia do meio ambiente afirmam, há bastante tempo, que, independentemente da discussão de ser a ação humana causadora de variações climáticas e o aquecimento global, há ações preventivas urgentes. Uma delas é adequar o consumo à realidade e isso pode significar ajustes no custo, e preço, de produtos e bens dependentes de recursos naturais críticos.
Dubai transformou-se em maquete da realidade econômica mundial, uma espécie de visão antecipada. Aqui, no mundo dos mortais e dos comuns, vamos nos preparando para conhecer opções de novas formas de consumir. Educar nossas famílias, amigos, alunos, parentes, próximos, para uma nova realidade que, se for enfrentada a tempo e com realismo, pode ser melhor do que a atual...
O jornal O Estado de São Paulo trouxe, neste domingo, uma reportagem intrigante. Lá, nos Emirados Árabes, quem não pagar suas dívidas é detido. Sim, vai para a prisão (se a moda pega por aqui...). Pois veio a crise mundial. Uma crise provocada, em suas entranhas, pelo desequilíbrio da sedução do consumo e do lucro. Uma crise que pode ser o sinal de que os recursos estão diminuindo. Uma demonstração de que, mais do que nunca, precisamos observar nossas decisões de consumo.
Sim: Dubai. A reportagem informa que o aeroporto está repleto de automóveis abandonados por proprietários que perderam seus empregos, não conseguiram outros e, para não serem presos, fugiram do país... Alguns, educadamente, deixaram até bilhetes no parabrisa, desculpando-se. Os jornais, que antes pareciam mais um informativo de agência de empregos, de tantas opções, afinaram. Quase não há demanda por novos trabalhadores.
O protecionismo, vilão momentâneo da economia mundial, também pode ser a representação da esperada "guerra pelos recursos", em função da previsão de escassez. Os estudiosos da economia do meio ambiente afirmam, há bastante tempo, que, independentemente da discussão de ser a ação humana causadora de variações climáticas e o aquecimento global, há ações preventivas urgentes. Uma delas é adequar o consumo à realidade e isso pode significar ajustes no custo, e preço, de produtos e bens dependentes de recursos naturais críticos.
Dubai transformou-se em maquete da realidade econômica mundial, uma espécie de visão antecipada. Aqui, no mundo dos mortais e dos comuns, vamos nos preparando para conhecer opções de novas formas de consumir. Educar nossas famílias, amigos, alunos, parentes, próximos, para uma nova realidade que, se for enfrentada a tempo e com realismo, pode ser melhor do que a atual...
terça-feira, fevereiro 17, 2009
Portas abertas para o bom-humor
Tenho refletido sobre esta arte: o bom humor. Meus filhos trocaram de escola e a pergunta foi inevitável, após o primeiro dia de aula:
- Gostaram?
- Adorei! As professoras são... Engraçadas!
E desandaram a descrever tudo que aprenderam. E aprenderam mesmo. Riram quando lembraram-se das professoras. Estavam felizes, verdadeiramente. Pensei: "como deveria ser antes? Será que a imagem deles de 'professoras' era de alguém carrancudo, de mal com a vida?". Como foi importante para eles esta constatação, a de que "professores podem ser engraçados"...
Eu, mesmo, uso e abuso do humor em minhas palestras, apresentações, dinâmicas. Aprendi e sei que uma piada é um risco, pois se a audiência já a conhece, você passa por tolo. E, pior, se eles não entendem a piada, você passa a explicá-la... Piada não se explica. Mas, de qualquer forma, acredito que tenho tido equilíbrio na dose de humor nos eventos. Mesmo os mais sérios.
Como no caso da mais recente audiência do Plano Diretor Municipal de Itapebi. Comandei o evento, apresentando todo o resultado do que chamamos de "cenário propositivo", ou seja, as propostas que deveriam estar contidas no projeto de lei. À minha frente, diversas autoridades, vice-prefeito, vereadores, secretários municipais... O clima foi muito bom, pois tentei fazer de uma leitura que poderia ser cansativa e entediante, uma conversa dinâmica e alegre. No final, perguntei a todos a nota que dariam à reunião. Em geral as notas foram, realmente, altas, o que mostrou que tinham estado atentos e satisfeitos. Aí, um vereador levantou-se e disse, tentando dar um ar solene ao que ia falar:
- Muito obrigado, sr. Fred, a gente aprendeu muito, foi bastante interessante. O que mais me chamou a atenção é que eu nunca esperava uma pessoa assim, como o senhor, assim... Engraçada.
Todos riram muito. Fiquei com a certeza de que consegui abrir portas para transmitir meu recado, assim como as professoras de meus filhos.
Por falar nisso: as portas andam abertas ou fechadas, para você? Experimente "bom-humor".
- Gostaram?
- Adorei! As professoras são... Engraçadas!
E desandaram a descrever tudo que aprenderam. E aprenderam mesmo. Riram quando lembraram-se das professoras. Estavam felizes, verdadeiramente. Pensei: "como deveria ser antes? Será que a imagem deles de 'professoras' era de alguém carrancudo, de mal com a vida?". Como foi importante para eles esta constatação, a de que "professores podem ser engraçados"...
Eu, mesmo, uso e abuso do humor em minhas palestras, apresentações, dinâmicas. Aprendi e sei que uma piada é um risco, pois se a audiência já a conhece, você passa por tolo. E, pior, se eles não entendem a piada, você passa a explicá-la... Piada não se explica. Mas, de qualquer forma, acredito que tenho tido equilíbrio na dose de humor nos eventos. Mesmo os mais sérios.
Como no caso da mais recente audiência do Plano Diretor Municipal de Itapebi. Comandei o evento, apresentando todo o resultado do que chamamos de "cenário propositivo", ou seja, as propostas que deveriam estar contidas no projeto de lei. À minha frente, diversas autoridades, vice-prefeito, vereadores, secretários municipais... O clima foi muito bom, pois tentei fazer de uma leitura que poderia ser cansativa e entediante, uma conversa dinâmica e alegre. No final, perguntei a todos a nota que dariam à reunião. Em geral as notas foram, realmente, altas, o que mostrou que tinham estado atentos e satisfeitos. Aí, um vereador levantou-se e disse, tentando dar um ar solene ao que ia falar:
- Muito obrigado, sr. Fred, a gente aprendeu muito, foi bastante interessante. O que mais me chamou a atenção é que eu nunca esperava uma pessoa assim, como o senhor, assim... Engraçada.
Todos riram muito. Fiquei com a certeza de que consegui abrir portas para transmitir meu recado, assim como as professoras de meus filhos.
Por falar nisso: as portas andam abertas ou fechadas, para você? Experimente "bom-humor".
domingo, fevereiro 15, 2009
Conversa-criativa
Sucesso!
São eventos assim que nos fazem continuar e acreditar que podemos ajudar a fazer a diferença!
Fizemos um convite (lembra? Veja a imagem), enviamos a muitas pessoas, pais, mães, professores... O que ele dizia? Vamos conversar de forma criativa sobre como elevar a auto-estima de nossas crianças, adolescentes e jovens. Enviamos aos colégios, para que professores pudessem estar presentes e aprender conosco algo mais sobre um tema tão importante. Eles não vieram. Não fizeram falta, mas eles perderam uma oportunidade. Não tenho dúvida.
Veja as fotografias, a seguir. Estiveram mães, pais e até avós. A conversa foi agradável e muito produtiva. Eu achei, verdadeiramente, emocionante. Mas, aceito, eu sou suspeito...
Apresentaram-se de forma criativa e participativa. Em duplas, primeiro conheceram-se e depois apresentaram suas colegas ao grupo. Aconteceram revelações! Em seguida, assistiram, alguns emocionados, à apresentação de "O Diário de Luana", já publicado em primeira mão aqui no Desacelere. Depois, foram convidados a discutir, em grupos, como podem auxiliar as professoras da Escola de Dança Tonus em sua tarefa de "elevar auto-estimas". Os grupos fizeram breves, mas incrivelmente profundas, apresentações sobre suas conclusões. O resultado também já está publicado, aqui no Desacelere: Carta de Ilhéus pela auto-estima. Um documento elaborado por todas e todos que participaram da conversa-criativa. Um documento em permanente transformação e aperfeiçoamento, aguardando contribuições!
Em seguida, foram todos chamados a aprender uma sequência de "percussão-corporal", uma espécie de sapateado com o corpo todo (e, não, apenas com os pés...). Pais, mães e avós, divertiram-se muito e aprenderam os movimentos. Quase (!) com perfeição...
Para surpresa de todos, suas crianças entraram na sala e fizeram uma apresentação, com graça e emoção: a mesma sequência que os adultos tinham aprendido há minutos. A seguir, uma pequena apoteose: todos juntos, pais, mães, avós e... Suas crianças, adolescentes, todos! Uma delícia!
- Precisamos fazer isso outras vezes!
- Temos que fazer todos os pais e todas as mães passar por algo assim!
- Que diferença! Que carinho!
A todos que participaram, aos que ajudaram na organização, parabéns! Vocês são demais! E muito obrigado por confiar em nosso trabalho!
Trabalho em grupos: apresentando
Trabalho em grupos: concentração
Aprendendo a sequência de percussão corporal
Todos juntos: surpresa e diversão
Todos juntos: carinho na integração
São eventos assim que nos fazem continuar e acreditar que podemos ajudar a fazer a diferença!
Fizemos um convite (lembra? Veja a imagem), enviamos a muitas pessoas, pais, mães, professores... O que ele dizia? Vamos conversar de forma criativa sobre como elevar a auto-estima de nossas crianças, adolescentes e jovens. Enviamos aos colégios, para que professores pudessem estar presentes e aprender conosco algo mais sobre um tema tão importante. Eles não vieram. Não fizeram falta, mas eles perderam uma oportunidade. Não tenho dúvida.
Veja as fotografias, a seguir. Estiveram mães, pais e até avós. A conversa foi agradável e muito produtiva. Eu achei, verdadeiramente, emocionante. Mas, aceito, eu sou suspeito...
Apresentaram-se de forma criativa e participativa. Em duplas, primeiro conheceram-se e depois apresentaram suas colegas ao grupo. Aconteceram revelações! Em seguida, assistiram, alguns emocionados, à apresentação de "O Diário de Luana", já publicado em primeira mão aqui no Desacelere. Depois, foram convidados a discutir, em grupos, como podem auxiliar as professoras da Escola de Dança Tonus em sua tarefa de "elevar auto-estimas". Os grupos fizeram breves, mas incrivelmente profundas, apresentações sobre suas conclusões. O resultado também já está publicado, aqui no Desacelere: Carta de Ilhéus pela auto-estima. Um documento elaborado por todas e todos que participaram da conversa-criativa. Um documento em permanente transformação e aperfeiçoamento, aguardando contribuições!
Em seguida, foram todos chamados a aprender uma sequência de "percussão-corporal", uma espécie de sapateado com o corpo todo (e, não, apenas com os pés...). Pais, mães e avós, divertiram-se muito e aprenderam os movimentos. Quase (!) com perfeição...
Para surpresa de todos, suas crianças entraram na sala e fizeram uma apresentação, com graça e emoção: a mesma sequência que os adultos tinham aprendido há minutos. A seguir, uma pequena apoteose: todos juntos, pais, mães, avós e... Suas crianças, adolescentes, todos! Uma delícia!
- Precisamos fazer isso outras vezes!
- Temos que fazer todos os pais e todas as mães passar por algo assim!
- Que diferença! Que carinho!
A todos que participaram, aos que ajudaram na organização, parabéns! Vocês são demais! E muito obrigado por confiar em nosso trabalho!
Trabalho em grupos: apresentando
Trabalho em grupos: concentração
Aprendendo a sequência de percussão corporal
Todos juntos: surpresa e diversão
Todos juntos: carinho na integração
Carta de Ilhéus pela auto-estima
Estiveram reunidos em Ilhéus, na Escola de Dança Tonus, na manhã de sábado, 14 de fevereiro de 2009, pais, mães, avós, professores e a equipe da Tonus, para uma conversa denominada “Conversa-criativa: Eu, o outro e todos nós”. Após as atividades previstas, todos chegaram às conclusões, de forma unânime:
1. O objetivo maior de todos que participam da educação de crianças, sejam seus pais, mães e parentes, sejam professores, é ajudar a abrir caminho para o desenvolvimento da auto-estima. A estrutura da auto-estima necessita de criatividade e sensibilidade. Um jovem com elevada auto-estima tem seu espírito crítico apurado e costuma apresentar atitudes equilibradas perante as encruzilhadas da vida e as falsas seduções.
2. Mães e pais, ao inscreverem seus filhos em aulas de atividades físicas, devem estar atentos ao método utilizado e à adequada utilização das características da modalidade para elevar a auto-estima de suas crianças.
3. A dança é reconhecida como uma modalidade que, além do aprimoramento físico, proporciona formas de expressão alternativas a seus praticantes, característica especialmente recomendada a crianças e adolescentes, que estão definindo sua forma de se comunicar com o mundo. É uma manifestação artística que estimula a criatividade e a comunicação através do movimento, atuando diretamente na redução de comportamento introvertido e na consolidação do espírito de grupo.
4. A prática da dança resulta em uma maior comunicação do jovem consigo mesmo, o reconhecimento de seus sentimentos e a consciência de que possui uma responsabilidade perante a sociedade.
5. Os “agentes educadores” (mães, pais, parentes, professores...) devem atuar em conjunto com as professoras da escola de dança e suas estratégias e metodologia, e...:
a. ...Sempre que possível estimular suas crianças a observar e compreender as diferenças (aparência, habilidade, nível social, por exemplo) e concentrar-se em seus próprios limites como referência de sua evolução na técnica que está aprendendo.
b. ...Incentivar a participação do pai. De forma honesta e autêntica, o pai deve definir o quanto estará presente em ensaios e apresentações e, também, o quanto apóia a participação de seu filho naquelas atividades. Em nenhuma circunstância a decisão de não estar presente em alguma ocasião pode ser interpretada pela criança ou adolescente como ausência de amor. O pai deve demonstrar que considera a felicidade de sua filha e que dedica verdadeiro interesse pelo que ela faz e gosta, no caso, a dança. A comunicação do pai com a jovem deve estar concentrada na evolução e não no resultado.
c. ...Elogiar muito. Elogios honestos dedicados a verdadeiros acertos, que sempre existem. Elogiar a coragem, a dedicação, o espírito de equipe... Se algo imprevisto aconteceu, comprometendo a qualidade técnica de uma apresentação, o jovem deve ser orientado a compreender que os acertos superam os erros e que sempre haverá oportunidade para aperfeiçoar sua técnica.
d. ...Aproximarem-se das professoras da escola de dança. Dividir com elas as ansiedades, informar acontecimentos relevantes na vida do aluno, perguntar sempre, estar disponível quando solicitada sua presença.
e. ...Cuidar muito bem de sua própria auto-estima. Pais e professores são “a” referência de crianças e jovens. Um educador precisa de auto-estima para ajudar a despertar a de seu educando. Educadores devem procurar diminuir o risco de uma situação em que a criança ou adolescente sinta-se obrigado a praticar uma modalidade devido, na verdade, ao desejo de sua mãe ou seu pai.
f. ...Evitar o estresse infantil. O tempo de brincar deve ser respeitado, assim como o cumprir suas obrigações. Mães e pais devem buscar compreender o prazer que seu filho demonstra por uma atividade e dimensionar adequadamente o número de atividades durante a semana.
1. O objetivo maior de todos que participam da educação de crianças, sejam seus pais, mães e parentes, sejam professores, é ajudar a abrir caminho para o desenvolvimento da auto-estima. A estrutura da auto-estima necessita de criatividade e sensibilidade. Um jovem com elevada auto-estima tem seu espírito crítico apurado e costuma apresentar atitudes equilibradas perante as encruzilhadas da vida e as falsas seduções.
2. Mães e pais, ao inscreverem seus filhos em aulas de atividades físicas, devem estar atentos ao método utilizado e à adequada utilização das características da modalidade para elevar a auto-estima de suas crianças.
3. A dança é reconhecida como uma modalidade que, além do aprimoramento físico, proporciona formas de expressão alternativas a seus praticantes, característica especialmente recomendada a crianças e adolescentes, que estão definindo sua forma de se comunicar com o mundo. É uma manifestação artística que estimula a criatividade e a comunicação através do movimento, atuando diretamente na redução de comportamento introvertido e na consolidação do espírito de grupo.
4. A prática da dança resulta em uma maior comunicação do jovem consigo mesmo, o reconhecimento de seus sentimentos e a consciência de que possui uma responsabilidade perante a sociedade.
5. Os “agentes educadores” (mães, pais, parentes, professores...) devem atuar em conjunto com as professoras da escola de dança e suas estratégias e metodologia, e...:
a. ...Sempre que possível estimular suas crianças a observar e compreender as diferenças (aparência, habilidade, nível social, por exemplo) e concentrar-se em seus próprios limites como referência de sua evolução na técnica que está aprendendo.
b. ...Incentivar a participação do pai. De forma honesta e autêntica, o pai deve definir o quanto estará presente em ensaios e apresentações e, também, o quanto apóia a participação de seu filho naquelas atividades. Em nenhuma circunstância a decisão de não estar presente em alguma ocasião pode ser interpretada pela criança ou adolescente como ausência de amor. O pai deve demonstrar que considera a felicidade de sua filha e que dedica verdadeiro interesse pelo que ela faz e gosta, no caso, a dança. A comunicação do pai com a jovem deve estar concentrada na evolução e não no resultado.
c. ...Elogiar muito. Elogios honestos dedicados a verdadeiros acertos, que sempre existem. Elogiar a coragem, a dedicação, o espírito de equipe... Se algo imprevisto aconteceu, comprometendo a qualidade técnica de uma apresentação, o jovem deve ser orientado a compreender que os acertos superam os erros e que sempre haverá oportunidade para aperfeiçoar sua técnica.
d. ...Aproximarem-se das professoras da escola de dança. Dividir com elas as ansiedades, informar acontecimentos relevantes na vida do aluno, perguntar sempre, estar disponível quando solicitada sua presença.
e. ...Cuidar muito bem de sua própria auto-estima. Pais e professores são “a” referência de crianças e jovens. Um educador precisa de auto-estima para ajudar a despertar a de seu educando. Educadores devem procurar diminuir o risco de uma situação em que a criança ou adolescente sinta-se obrigado a praticar uma modalidade devido, na verdade, ao desejo de sua mãe ou seu pai.
f. ...Evitar o estresse infantil. O tempo de brincar deve ser respeitado, assim como o cumprir suas obrigações. Mães e pais devem buscar compreender o prazer que seu filho demonstra por uma atividade e dimensionar adequadamente o número de atividades durante a semana.
Lagoa Encantada, Ilhéus, Bahia
Participei, em 12/02, de um reunião convocada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Ilhéus sobre a Lagoa Encantada. Uma conversa necessária sobre fiscalização, monitoramento e ação coordenada entre secretarias municipais, CONDEMA, Câmara de Vereadores e instituições como Capitania dos Portos, IBAMA, Ingá, SEMA, Colônia de Pescadores Z-34, Associação dos Moradores do São Miguel...
Deixei claro que, além de uma ação imediata de fiscalização, especialmente da pesca predatória, é urgente a coordenação de um trabalho que faça a ligação entre turismo e meio ambiente. Este projeto já está pronto. Desenvolvi uma metodologia a partir de outra chamada "Ecoturismo de Base Comunitária". Na minha proposta, os investimentos são modulados e vinculados a um projeto central seriam efetivados à medida em que sensibilizasse investidores, tanto dos poderes municipal, estadual e federal, como da iniciativa privada e ONGs. Nenhum tema estaria deixado de lado e, no final, a estrutura seria entregue à gestão democrática, transparente e capacitada de forma permanente dos próprios moradores e membros das comunidades de Areias, Sambaituba, Aritaguá, por exemplo, sob supervisão de um conselho.
Saneamento, transporte, marketing, cozinha comunitária, artesanato, monitoramento ambiental, esportes náuticos, pesca esportiva e vários outros módulos seriam satélites de uma administração única. Os recursos captados seriam distribuídos de forma justa e de acordo com negociação prévia. É um projeto complexo, de complexa execução, mas, a meu ver, única saída para a degradação social e ambiental constante a que está sujeita a Lagoa Encantada, ainda um excepcional potencial de ecoturismo e de geração de ocupação e renda de forma organizada e permanente.
A reunião foi um primeiro passo. Vamos aguardar os próximos. Deve-se formar um "núcleo gestor" interinstitucional para coordenar as ações na Lagoa Encantada. Se a vaidade não atrapalhar, o futuro promete boas notícias!
Boa sorte a todos nós!
Exemplo
Mais uma etapa rumo aos Planos Diretores Municipais
Estivemos nos municípios de Arataca, Jussari, Itapebi e Mascote para confirmar dados, coletar novas informações para finalizar os mapas que acompanharão o texto da minuta de lei dos Planos Diretores Municipais.
O interessante é que quanto mais aprofundamos, mais temos a sensação de que as informações são infinitas. Sempre "descobrimos" áreas importantes, características especiais ainda não percebidas, novos potenciais...
São municípios pequenos, mas possuem grande riqueza humana e natural.
domingo, fevereiro 08, 2009
sábado, fevereiro 07, 2009
Tênis, frescobol e o casamento
Este é um típico texto que sempre quis ter sido o autor. Faço uma homenagem a seu verdadeiro criador, Rubem Alves, e publico aqui, na íntegra.
Depois de muito meditar sobre o assunto concluí que os casamentos são de dois tipos: há os casamentos do tipo tênis e há os casamentos do tipo frescobol. Os casamentos do tipo tênis são uma fonte de raiva e ressentimentos e terminam sempre mal. Os casamentos do tipo frescobol são uma fonte de alegria e têm a chance de ter vida longa.
Explico-me. Para começar, uma afirmação de Nietzsche, com a qual concordo inteiramente. Dizia ele: ‘Ao pensar sobre a possibilidade do casamento cada um deveria se fazer a seguinte pergunta: ‘Você crê que seria capaz de conversar com prazer com esta pessoa até a sua velhice?' Tudo o mais no casamento é transitório, mas as relações que desafiam o tempo são aquelas construídas sobre a arte de conversar.’
Xerazade sabia disso. Sabia que os casamentos baseados nos prazeres da cama são sempre decapitados pela manhã, terminam em separação, pois os prazeres do sexo se esgotam rapidamente, terminam na morte, como no filme O império dos sentidos. Por isso, quando o sexo já estava morto na cama, e o amor não mais se podia dizer através dele, ela o ressuscitava pela magia da palavra: começava uma longa conversa, conversa sem fim, que deveria durar mil e uma noites. O sultão se calava e escutava as suas palavras como se fossem música. A música dos sons ou da palavra - é a sexualidade sob a forma da eternidade: é o amor que ressuscita sempre, depois de morrer. Há os carinhos que se fazem com o corpo e há os carinhos que se fazem com as palavras. E contrariamente ao que pensam os amantes inexperientes, fazer carinho com as palavras não é ficar repetindo o tempo todo: ‘Eu te amo, eu te amo...’ Barthes advertia: ‘Passada a primeira confissão, ‘eu te amo' não quer dizer mais nada.’ É na conversa que o nosso verdadeiro corpo se mostra, não em sua nudez anatômica, mas em sua nudez poética. Recordo a sabedoria de Adélia Prado: ‘Erótica é a alma.’
O tênis é um jogo feroz. O seu objetivo é derrotar o adversário. E a sua derrota se revela no seu erro: o outro foi incapaz de devolver a bola. Joga-se tênis para fazer o outro errar. O bom jogador é aquele que tem a exata noção do ponto fraco do seu adversário, e é justamente para aí que ele vai dirigir a sua cortada - palavra muito sugestiva, que indica o seu objetivo sádico, que é o de cortar, interromper, derrotar. O prazer do tênis se encontra, portanto, justamente no momento em que o jogo não pode mais continuar porque o adversário foi colocado fora de jogo. Termina sempre com a alegria de um e a tristeza de outro.
O frescobol se parece muito com o tênis: dois jogadores, duas raquetes e uma bola. Só que, para o jogo ser bom, é preciso que nenhum dos dois perca. Se a bola veio meio torta, a gente sabe que não foi de propósito e faz o maior esforço do mundo para devolvê-la gostosa, no lugar certo, para que o outro possa pegá-la. Não existe adversário porque não há ninguém a ser derrotado. Aqui ou os dois ganham ou ninguém ganha. E ninguém fica feliz quando o outro erra - pois o que se deseja é que ninguém erre. O erro de um, no frescobol, é como ejaculação precoce: um acidente lamentável que não deveria ter acontecido, pois o gostoso mesmo é aquele ir e vir, ir e vir, ir e vir... E o que errou pede desculpas; e o que provocou o erro se sente culpado. Mas não tem importância: começa-se de novo este delicioso jogo em que ninguém marca pontos...
A bola: são as nossas fantasias, irrealidades, sonhos sob a forma de palavras. Conversar é ficar batendo sonho pra lá, sonho pra cá...
Mas há casais que jogam com os sonhos como se jogassem tênis. Ficam à espera do momento certo para a cortada. Camus anotava no seu diário pequenos fragmentos para os livros que pretendia escrever. Um deles, que se encontra nos Primeiros cadernos, é sobre este jogo de tênis:
‘Cena: o marido, a mulher, a galeria. O primeiro tem valor e gosta de brilhar. A segunda guarda silêncio, mas, com pequenas frases secas, destrói todos os propósitos do caro esposo. Desta forma marca constantemente a sua superioridade. O outro domina-se, mas sofre uma humilhação e é assim que nasce o ódio. Exemplo: com um sorriso: ‘Não se faça mais estúpido do que é, meu amigo'. A galeria torce e sorri pouco à vontade. Ele cora, aproxima-se dela, beija-lhe a mão suspirando: ‘Tens razão, minha querida'. A situação está salva e o ódio vai aumentando.’
Tênis é assim: recebe-se o sonho do outro para destruí-lo, arrebentá-lo, como bolha de sabão... O que se busca é ter razão e o que se ganha é o distanciamento. Aqui, quem ganha sempre perde.
Já no frescobol é diferente: o sonho do outro é um brinquedo que deve ser preservado, pois se sabe que, se é sonho, é coisa delicada, do coração. O bom ouvinte é aquele que, ao falar, abre espaços para que as bolhas de sabão do outro voem livres. Bola vai, bola vem - cresce o amor... Ninguém ganha para que os dois ganhem. E se deseja então que o outro viva sempre, eternamente, para que o jogo nunca tenha fim...
Amor que prejudica
Hábitos alimentares são considerados patrimônio cultural. O acarajé, por exemplo, é considerado oficalmente "patrimônio imaterial da cultura nacional". Ótimo. Mais um atrativo a turistas, maior movimento nas bancas de baianas pelo Brasil afora.
Arroz e feijão. Combinação genuinamente brasileira, motivo número 1 de melancolia saudosa de nossos compatriotas residentes no exterior. Carboidrato e proteína. Energia e aminoácidos. Combinação perfeita e recomendada por nutricionistas.
Em conversa com amigos, no entanto, descobri uma prática incrível de culinária. Não basta transformar em uma verdadeira feijoada o outrora saudável feijão nosso de cada dia. Nossa amiga queria impressionar o marido, mostrar que dominava a técnica de temperar alimentos. Um tablete inteiro de Caldo Knorr no arroz. Outro no feijão.
A composição oficial é "sal, gordura vegetal, amido, açúcar, cebola, cúrcuma, alho, salsa, pimenta do reino branca, aromatizantes, realçadores de sabor glutamato monossódico e inosinato dissódico e corante caramelo III". Um tablete pode chegar a 70 calorias.
Especialistas dizem que aquele glutamato, além de realçar sabor, adivinha: aumenta a fome! Além do sal já adicionado ao feijão, ou arroz, mais sal no tablete. Você adicionaria açúcar ao seu feijão? Pois é, neste teria, também, açúcar!
Mas Caldo Knorr é chique!
Não importa se o marido, em nosso exemplo, é hipertenso, de histórico familiar de... Doenças de coração... Seu feijão é chique.
A esposa, evidentemente, não tem culpa. A publicidade induz ao consumo de "coisas" das quais não precisamos -Quem atiraria a primeira pedra?!-. De boca em boca, a receita se transforma. O acesso à informação adequada, profissional, personalizada, é mínimo. Questão de saúde pública. Obesidade, câncer de intestino, hipertensão, infartos... Consumo de medicamentos, laxantes, "shakes de emagrecimento" e um desastroso efeito cascata de desequilíbrios na saúde.
Ah, ela entendeu. Ficou assustada, mas feliz por poder, agora, ajustar sua culinária ao seu amor pelo marido. Já pensa em deixar a feijoada para ocasiões especiais, uma ou duas vezes ao mês. No dia-a-dia, nada de calabreza, paio, carne de sol ou carne seca no feijão. E, claro, vai deixar os tabletes de caldos para fazer sopas e molhos para pratos especiais. Sai desse feijão e desse arroz que não te pertence!
Mascote e Itapebi: questões para os cidadãos
Caro cidadão, estamos trabalhando na elaboração do texto e dos mapas do Plano Diretor de Mascote e Itapebi. Precisamos confirmar algumas informações e, como você tem participado e contribuído bastante, estamos enviando este pequeno questionário.
Saiba que estaremos, mais uma vez, em sua cidade, para respondermos juntos a essas questões. Levaremos os mapas para fazer anotações. Aí, teremos que ser bastante precisos, pois vamos localizar nos mapas várias informações. Se você não puder participar, envie suas respostas por alguém. Claro, você pode responder apenas algumas, se quiser.
Pretendo estar em Mascote e Itapebi no dia 13, sexta-feira e a reunião deve ser rápida e objetiva.
No entanto, recebendo antes estas perguntas, você pode se preparar melhor, conversar com outras pessoas e ajudar ainda mais. Se quiser enviar respostas antes da visita, por email, elas serão bem-vindas.
Por favor, leia com atenção e, se tiver dúvidas, estamos à disposição pelo email fred@parkia.com.br .
Obrigado e um grande abraço!
1. MACROZONEAMENTO
a. Em que regiões do território do município você considera deveria haver ações de preservação ambiental? Você poderia localizá-las no mapa, com precisão? Podem ser grutas, cachoeiras, nascentes, matas nativas etc. Qualquer informação pode ajudar.
b. Em que regiões do território do município você considera deveria haver ações de recuperação ambiental? Você poderia localizá-las no mapa, com precisão? Podem ser áreas degradadas, áreas abandonadas etc. Qualquer informação pode ajudar.
c. Além dos distritos, há vilas em formação que você conheça? Agrupamentos de casas, assentamentos etc. Você poderia localizá-las no mapa, com precisão?
d. Há potencial para uma Estrada-Parque, uma estrada que tenha atrativos ambientais, turísticos? O que falta para que ela exista? Qual seria, exatamente, seu trajeto?
e. Quais são os principais atrativos turísticos? Você poderia localizá-los no mapa, com precisão?
2. MICROZONEAMENTO (mapas da sede e distritos. Levarei na visita)
a. Quais são as vias (ruas ou avenidas) que podem ser consideradas os principais eixos de acesso e circulação na cidade e principais distritos?
b. Quais são as vias que podem ser consideradas como “comerciais”, na sede e principais distritos?
c. Para que regiões em torno da cidade e principais distritos você acredita ser mais adequado o crescimento da cidade? Para onde ela não deveria crescer? Você poderia localizá-las no mapa, com precisão?
d. Quais são as regiões na cidade e principais distritos que você considera de risco social, como favelas, invasões descontroladas, aglomerações etc.? Você poderia localizá-las no mapa, com precisão?
e. Quais são as regiões na cidade e principais distritos que você considera de risco como desabamentos, alagamentos etc.? Você poderia localizá-las no mapa, com precisão?
f. Quais são as regiões da cidade e principais distritos onde há invasões que deveriam ser desocupadas? Você poderia localizá-las no mapa, com precisão?
g. Quais são os principais vazios urbanos? Onde há terrenos vazios, construções vazias, que deveriam ser ocupados? Você poderia localizá-los no mapa, com precisão?
h. Quais são as construções de interesse histórico ou cultural, na cidade e nos principais distritos? Você poderia localizá-las no mapa, com precisão?
i. Quais regiões da cidade e principais distritos deveriam ser preservadas ou transformadas em praças ou parques? Você poderia localizá-las no mapa, com precisão?
j. Quais são as praças, áreas de lazer e parques da cidade e dos principais distritos? Você poderia localizá-los no mapa, com precisão?
k. Quais são os principais atrativos turísticos na cidade e principais distritos? Você poderia localizá-los no mapa, com precisão?
Saiba que estaremos, mais uma vez, em sua cidade, para respondermos juntos a essas questões. Levaremos os mapas para fazer anotações. Aí, teremos que ser bastante precisos, pois vamos localizar nos mapas várias informações. Se você não puder participar, envie suas respostas por alguém. Claro, você pode responder apenas algumas, se quiser.
Pretendo estar em Mascote e Itapebi no dia 13, sexta-feira e a reunião deve ser rápida e objetiva.
No entanto, recebendo antes estas perguntas, você pode se preparar melhor, conversar com outras pessoas e ajudar ainda mais. Se quiser enviar respostas antes da visita, por email, elas serão bem-vindas.
Por favor, leia com atenção e, se tiver dúvidas, estamos à disposição pelo email fred@parkia.com.br .
Obrigado e um grande abraço!
1. MACROZONEAMENTO
a. Em que regiões do território do município você considera deveria haver ações de preservação ambiental? Você poderia localizá-las no mapa, com precisão? Podem ser grutas, cachoeiras, nascentes, matas nativas etc. Qualquer informação pode ajudar.
b. Em que regiões do território do município você considera deveria haver ações de recuperação ambiental? Você poderia localizá-las no mapa, com precisão? Podem ser áreas degradadas, áreas abandonadas etc. Qualquer informação pode ajudar.
c. Além dos distritos, há vilas em formação que você conheça? Agrupamentos de casas, assentamentos etc. Você poderia localizá-las no mapa, com precisão?
d. Há potencial para uma Estrada-Parque, uma estrada que tenha atrativos ambientais, turísticos? O que falta para que ela exista? Qual seria, exatamente, seu trajeto?
e. Quais são os principais atrativos turísticos? Você poderia localizá-los no mapa, com precisão?
2. MICROZONEAMENTO (mapas da sede e distritos. Levarei na visita)
a. Quais são as vias (ruas ou avenidas) que podem ser consideradas os principais eixos de acesso e circulação na cidade e principais distritos?
b. Quais são as vias que podem ser consideradas como “comerciais”, na sede e principais distritos?
c. Para que regiões em torno da cidade e principais distritos você acredita ser mais adequado o crescimento da cidade? Para onde ela não deveria crescer? Você poderia localizá-las no mapa, com precisão?
d. Quais são as regiões na cidade e principais distritos que você considera de risco social, como favelas, invasões descontroladas, aglomerações etc.? Você poderia localizá-las no mapa, com precisão?
e. Quais são as regiões na cidade e principais distritos que você considera de risco como desabamentos, alagamentos etc.? Você poderia localizá-las no mapa, com precisão?
f. Quais são as regiões da cidade e principais distritos onde há invasões que deveriam ser desocupadas? Você poderia localizá-las no mapa, com precisão?
g. Quais são os principais vazios urbanos? Onde há terrenos vazios, construções vazias, que deveriam ser ocupados? Você poderia localizá-los no mapa, com precisão?
h. Quais são as construções de interesse histórico ou cultural, na cidade e nos principais distritos? Você poderia localizá-las no mapa, com precisão?
i. Quais regiões da cidade e principais distritos deveriam ser preservadas ou transformadas em praças ou parques? Você poderia localizá-las no mapa, com precisão?
j. Quais são as praças, áreas de lazer e parques da cidade e dos principais distritos? Você poderia localizá-los no mapa, com precisão?
k. Quais são os principais atrativos turísticos na cidade e principais distritos? Você poderia localizá-los no mapa, com precisão?
quarta-feira, fevereiro 04, 2009
Visita ao Costa Magica
terça-feira, fevereiro 03, 2009
A Auto-estima de Aninha
(ou como a Educação Física pode fazer a diferença!...)
Publicado originalmente na edição número 0 do Jornal Mileto, Fev/2009
Aninha prepara-se para o movimento. Deverá correr, apoiar as mãos no solo, realizar um giro e terminar com pés no chão, pernas juntas, corpo ereto, braços estendidos, mãos para cima. Para uma criança de 7 anos é um grande desafio. Em instantes ela estará em evidência, o professor observando, seus colegas esperando um erro para rir, o chão duro deve doer, se cair... Mas em seu cérebro, os neurônios faíscam de excitação, alguns, até, estão se ligando pela primeira vez, através das sinapses. Seus olhos percebem distâncias, sua pele, a temperatura e a umidade, seus pés sentem o solo, e todos enviam sinais ao cérebro, que os processa e responde através de comandos de movimentos. Aninha realiza o movimento com precisão suficiente para receber elogios: vitória! Ela quer mais, ela confia ainda mais em sua capacidade, em seu poder de enfrentar os desafios e os perigos, de improvisar e resolver questões... Aninha está, ali, ficando mais inteligente. Está preparando-se para a prova de matemática, para escrever uma carta, para o vestibular, para aproximar-se de pessoas e cativá-las. Ela está criando referências para a vida.
Sim, atividades motoras têm sido reconhecidas como importante componente do desenvolvimento afetivo de crianças e jovens. Há oportunidades na educação física escolar, na prática livre em praças, praias e terrenos vazios, e em escolas de esportes e academias. A orientação adequada irá provê-los de encorajamento positivo e ajudá-los a estabelecer metas realistas e sincera auto-avaliação. Gallahue e Donnely (2008) sugerem a utilização de “dilemas morais” como meio positivo de aprendizagem. Crianças são, segundo os autores, aprendizes cooperativos em constante autodescobrimento.
É o caso de Aninha que, ao passar por uma rica, empolgante, viva experiência de aprendizado, teve seu pensamento estimulado. O movimento cria a base para crianças tornarem-se pensadores críticos. McBride (1992) foi pioneiro ao considerar o incentivo ao pensamento crítico –ou complexo, como ele também se referia- em Educação Física. Diversos autores indicam condições favoráveis para que se desenvolva pensamento crítico e todas envolvem a “percepção do outro” num amplo sentido de visão verdadeira do coletivo. Estar bem informado, ser compreensivo, sensível às idéias dos outros, paciente e, principalmente, estar disposto para compartilhar idéias. Na Educação Física, em qualquer das suas manifestações, isto significa “reflexão para tomar decisões”. Decisões sobre o movimento. Sobre o próximo movimento, que deve ser razoável, deve ser defensável.
O educador deve estar preparado para identificar as estratégias dos professores de educação física para promover o pensamento crítico. Eles vão estruturar, organizar e avaliar o ambiente de aprendizagem, determinar metas e promover experiências que envolvam análise e contraste de habilidades. E aplicar em atividades desenvolvimentistas de jogo, dança e ginástica, por exemplo.
Não são apenas os educadores que devem estar atentos às estratégias. Mães e pais precisam estar engajados em um projeto conjunto de construção da auto-estima de suas crianças. Foi justamente Gallahue (2002) quem melhor definiu as etapas do desenvolvimento motor desde o nascimento e suas pesquisas são referência a educadores físicos de todo o planeta. Ele foi categórico: para crianças com idade aproximadamente até 11 anos, apenas atividades consideradas “pré-desportivas” são recomendadas. Isto significa que a criança vai se acostumando com regras, competições, eliminatórias, aos poucos. Ela vai experimentar a pressão da “vontade de ganhar” e do “medo de perder”. E percebe a importância do trabalho em equipe, de um técnico, de uma estratégia, a tática. Mães e pais precisam compreender isto. Precisam fazer o dever de casa e completar a estratégia. Realmente, não importa se o filho, na escolinha de esportes, ou na aula de educação física, ganhou ou não o jogo. Marcou um gol? Seu time foi campeão? O que importa é se a criança pôde experimentar sensações novas, praticar movimentos como “correr para trás”, “saltar”, “rebater”, por exemplo. Importa, sim, se ele trabalhou em grupo e aprendeu a melhorar o desempenho de suas ações a partir da cooperação com colegas.
Outra questão frequentemente enfrentada por quem convive diariamente com crianças é o desafio em “plantar” em suas consciências o prazer de exercitar-se com regularidade. Uma expectativa exagerada dos pais pode refletir em ansiedade e aversão a esportes. Pular etapas no desenvolvimento motor e acelerar o processo de amadurecimento emocional em relação a competições, por exemplo, pode precipitar o estresse físico e psicológico. É, justamente, assim que se cria grande resistência no futuro jovem em relação a aderir a uma vida ativa e excluir o sedentarismo de sua vida.
É assim: antes de “jogar tênis”, a criança deve aprender a “rebater” objetos, bolas, bexigas, meias, petecas. Deve aprender a correr para o lado, alterar a pressão de seu peso de uma perna para outra, isolar o movimento dos braços em relação ao quadril, ou tronco. E tudo isso deve acontecer em aulas estrategicamente elaboradas, com elementos atraentes, lúdicos, adequados ao momento e em crescente dificuldade. Nestas aulas podem, até, existir raquetes e bolas de tênis... Criar desafios e metas possíveis e atingíveis é um meio eficiente de cativar crianças e avaliá-las. Ao observar as aulas de tênis de seus filhos, em nosso exemplo, pais devem estar atentos ao ambiente criado pelo professor e ajudá-lo, concentrando seus elogios no esforço, na correta observação dos movimentos, na evolução decorrente da prática dos exercícios que desenvolvem os movimentos fundamentais e as habilidades correspondentes.
É imenso o potencial de evolução individual a partir das experiências vividas ao praticar esportes ou atividades físicas. Foi-se o tempo em que “educação física” era apenas o aprimoramento da saúde e uma forma de disciplinar crianças rebeldes. Já é considerada o principal aliado de educadores de qualquer disciplina. Com a prática esportiva, Aninha, como vimos, aprimorou sua auto-imagem e seguiu fortalecida para enfrentar obstáculos que, com certeza, virão. Cabe a nós torcer por ela.
Publicado originalmente na edição número 0 do Jornal Mileto, Fev/2009
Aninha prepara-se para o movimento. Deverá correr, apoiar as mãos no solo, realizar um giro e terminar com pés no chão, pernas juntas, corpo ereto, braços estendidos, mãos para cima. Para uma criança de 7 anos é um grande desafio. Em instantes ela estará em evidência, o professor observando, seus colegas esperando um erro para rir, o chão duro deve doer, se cair... Mas em seu cérebro, os neurônios faíscam de excitação, alguns, até, estão se ligando pela primeira vez, através das sinapses. Seus olhos percebem distâncias, sua pele, a temperatura e a umidade, seus pés sentem o solo, e todos enviam sinais ao cérebro, que os processa e responde através de comandos de movimentos. Aninha realiza o movimento com precisão suficiente para receber elogios: vitória! Ela quer mais, ela confia ainda mais em sua capacidade, em seu poder de enfrentar os desafios e os perigos, de improvisar e resolver questões... Aninha está, ali, ficando mais inteligente. Está preparando-se para a prova de matemática, para escrever uma carta, para o vestibular, para aproximar-se de pessoas e cativá-las. Ela está criando referências para a vida.
Sim, atividades motoras têm sido reconhecidas como importante componente do desenvolvimento afetivo de crianças e jovens. Há oportunidades na educação física escolar, na prática livre em praças, praias e terrenos vazios, e em escolas de esportes e academias. A orientação adequada irá provê-los de encorajamento positivo e ajudá-los a estabelecer metas realistas e sincera auto-avaliação. Gallahue e Donnely (2008) sugerem a utilização de “dilemas morais” como meio positivo de aprendizagem. Crianças são, segundo os autores, aprendizes cooperativos em constante autodescobrimento.
É o caso de Aninha que, ao passar por uma rica, empolgante, viva experiência de aprendizado, teve seu pensamento estimulado. O movimento cria a base para crianças tornarem-se pensadores críticos. McBride (1992) foi pioneiro ao considerar o incentivo ao pensamento crítico –ou complexo, como ele também se referia- em Educação Física. Diversos autores indicam condições favoráveis para que se desenvolva pensamento crítico e todas envolvem a “percepção do outro” num amplo sentido de visão verdadeira do coletivo. Estar bem informado, ser compreensivo, sensível às idéias dos outros, paciente e, principalmente, estar disposto para compartilhar idéias. Na Educação Física, em qualquer das suas manifestações, isto significa “reflexão para tomar decisões”. Decisões sobre o movimento. Sobre o próximo movimento, que deve ser razoável, deve ser defensável.
O educador deve estar preparado para identificar as estratégias dos professores de educação física para promover o pensamento crítico. Eles vão estruturar, organizar e avaliar o ambiente de aprendizagem, determinar metas e promover experiências que envolvam análise e contraste de habilidades. E aplicar em atividades desenvolvimentistas de jogo, dança e ginástica, por exemplo.
Não são apenas os educadores que devem estar atentos às estratégias. Mães e pais precisam estar engajados em um projeto conjunto de construção da auto-estima de suas crianças. Foi justamente Gallahue (2002) quem melhor definiu as etapas do desenvolvimento motor desde o nascimento e suas pesquisas são referência a educadores físicos de todo o planeta. Ele foi categórico: para crianças com idade aproximadamente até 11 anos, apenas atividades consideradas “pré-desportivas” são recomendadas. Isto significa que a criança vai se acostumando com regras, competições, eliminatórias, aos poucos. Ela vai experimentar a pressão da “vontade de ganhar” e do “medo de perder”. E percebe a importância do trabalho em equipe, de um técnico, de uma estratégia, a tática. Mães e pais precisam compreender isto. Precisam fazer o dever de casa e completar a estratégia. Realmente, não importa se o filho, na escolinha de esportes, ou na aula de educação física, ganhou ou não o jogo. Marcou um gol? Seu time foi campeão? O que importa é se a criança pôde experimentar sensações novas, praticar movimentos como “correr para trás”, “saltar”, “rebater”, por exemplo. Importa, sim, se ele trabalhou em grupo e aprendeu a melhorar o desempenho de suas ações a partir da cooperação com colegas.
Outra questão frequentemente enfrentada por quem convive diariamente com crianças é o desafio em “plantar” em suas consciências o prazer de exercitar-se com regularidade. Uma expectativa exagerada dos pais pode refletir em ansiedade e aversão a esportes. Pular etapas no desenvolvimento motor e acelerar o processo de amadurecimento emocional em relação a competições, por exemplo, pode precipitar o estresse físico e psicológico. É, justamente, assim que se cria grande resistência no futuro jovem em relação a aderir a uma vida ativa e excluir o sedentarismo de sua vida.
É assim: antes de “jogar tênis”, a criança deve aprender a “rebater” objetos, bolas, bexigas, meias, petecas. Deve aprender a correr para o lado, alterar a pressão de seu peso de uma perna para outra, isolar o movimento dos braços em relação ao quadril, ou tronco. E tudo isso deve acontecer em aulas estrategicamente elaboradas, com elementos atraentes, lúdicos, adequados ao momento e em crescente dificuldade. Nestas aulas podem, até, existir raquetes e bolas de tênis... Criar desafios e metas possíveis e atingíveis é um meio eficiente de cativar crianças e avaliá-las. Ao observar as aulas de tênis de seus filhos, em nosso exemplo, pais devem estar atentos ao ambiente criado pelo professor e ajudá-lo, concentrando seus elogios no esforço, na correta observação dos movimentos, na evolução decorrente da prática dos exercícios que desenvolvem os movimentos fundamentais e as habilidades correspondentes.
É imenso o potencial de evolução individual a partir das experiências vividas ao praticar esportes ou atividades físicas. Foi-se o tempo em que “educação física” era apenas o aprimoramento da saúde e uma forma de disciplinar crianças rebeldes. Já é considerada o principal aliado de educadores de qualquer disciplina. Com a prática esportiva, Aninha, como vimos, aprimorou sua auto-imagem e seguiu fortalecida para enfrentar obstáculos que, com certeza, virão. Cabe a nós torcer por ela.
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