Fui surpreendido por esta expressão, hoje. Ingenuamente foi traduzida como "água mole em pedra dura...", como uma referência ao ditado dos insistentes. Que desperdício. Que ignorância!
Rust never sleeps. A ferrugem nunca dorme.
Além do nome de um álbum memorável, talvez o melhor, de Neil Young (1979), a expressão é simbólica. Profundamente. Pense bem.
Mais do que a água que fura a pedra de tanto bater, a ferrugem nunca dorme. Nunca desiste. Está sempre em ação, atacando o que não é usado, o que não é valorizado, o que é deixado de lado...
Nos navios há uma equipe encarregada de pintar o casco. Ininterruptamente. Por quê? Porque a ferrugem nunca dorme.
Nós dormimos. O mundo dorme. Nossa disposição pela prevenção, também.
O que pode ser a ferrugem?! Uma artrose, por exemplo. Ou placas de gordura aderindo às artérias. Ou, ainda, literalmente, as articulações tornando-se rígidas pela falta de uso. Se esta ferrugem não dorme, nós podemos dar o troco. Sim: prevenção.
Agora, neste momento, sua "ferrugem" está acordada. O que você tem feito para combatê-la? Como anda sua alimentação? Tem praticado exercícicos com regularidade e devidamente orientado? Como tem evitado o stress e a ansiedade?
Desacelerar não deve significar ceder espaço às "ferrugens" e, sim, permitir-se prevení-las.
domingo, janeiro 18, 2009
Ansiedade
Tenho refletido muito sobre a ansiedade. Alguns alunos têm se referido a ela com mais frequência e me dispus a... Pesquisar.
Interessante: a raiz da palavra vem do grego, "anshein", que significa "estrangular, sufocar, oprimir".
Especialistas se referem a ansiedade como um estado emocional que é despertado em determinadas situações -lugares, pessoas, atividades- e que são comparadas a alguma vivência anterior -memória- Gray, 1987.
Kaplan & Sadock (1995) afirmaram que a ansiedade é um sinal de alerta, que adverte sobre perigos iminentes e capacita o indivíduo a tomar medidas para enfrentar ameaças.
A ansiedade, portanto, é um acompanhamento normal do crescimento, da mudança, de experiência de algo novo e nunca tentado. Por outro lado, pode caracterizar-se pela excessiva intensidade e prolongada duração, de forma desproporcional à situação que a criou. Neste caso, ao invés de contribuir com o enfrentamento do que estaria causando a ansiedade, atrapalha, dificulta ou impossibilita a adaptação. É o que os especialistas chamam de "ansiedade patológica", que precisa de algum tratamento ou atenção especial.
De qualquer forma, parece sensato preparar-se para mudanças, aceitá-las sem instinto de controle. Além diso, reletir, buscar em fatos e situações no passado possíveis momentos que estariam provocando sintomas atuais de ansiedade. E saber que são situações totalmente anacrônicas, ou seja: estão lá no longínquo passado e continuam a influenciar sua vida. A "sua criança" reagiu de uma maneira específica. Mas como você reagiria hoje, com suas experiências vividas, com sua maturidade atual, com a estrutura que possui hoje?
O objetivo, então, pode ser a preservação da clareza ao enfrentar dificuldades, para planejar com realismo. Para localizar, dimensionar e... Neutralizar os "problemas" que causam a ansiedade. E... Desacelerar!
Interessante: a raiz da palavra vem do grego, "anshein", que significa "estrangular, sufocar, oprimir".
Especialistas se referem a ansiedade como um estado emocional que é despertado em determinadas situações -lugares, pessoas, atividades- e que são comparadas a alguma vivência anterior -memória- Gray, 1987.
Kaplan & Sadock (1995) afirmaram que a ansiedade é um sinal de alerta, que adverte sobre perigos iminentes e capacita o indivíduo a tomar medidas para enfrentar ameaças.
A ansiedade, portanto, é um acompanhamento normal do crescimento, da mudança, de experiência de algo novo e nunca tentado. Por outro lado, pode caracterizar-se pela excessiva intensidade e prolongada duração, de forma desproporcional à situação que a criou. Neste caso, ao invés de contribuir com o enfrentamento do que estaria causando a ansiedade, atrapalha, dificulta ou impossibilita a adaptação. É o que os especialistas chamam de "ansiedade patológica", que precisa de algum tratamento ou atenção especial.
De qualquer forma, parece sensato preparar-se para mudanças, aceitá-las sem instinto de controle. Além diso, reletir, buscar em fatos e situações no passado possíveis momentos que estariam provocando sintomas atuais de ansiedade. E saber que são situações totalmente anacrônicas, ou seja: estão lá no longínquo passado e continuam a influenciar sua vida. A "sua criança" reagiu de uma maneira específica. Mas como você reagiria hoje, com suas experiências vividas, com sua maturidade atual, com a estrutura que possui hoje?
O objetivo, então, pode ser a preservação da clareza ao enfrentar dificuldades, para planejar com realismo. Para localizar, dimensionar e... Neutralizar os "problemas" que causam a ansiedade. E... Desacelerar!
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