domingo, novembro 07, 2010

Pois é: sapateado!

E não é que se vive de tudo nessa vida?!

Desde os anos frequentando o estúdio de J.C.Violla, passando pelas aulas com madame Poços Leitão, as intermináveis e divertidas aulas de rítmica na faculdade de educação física e, ainda, as eternas sessões de forró na FAU, Fortaleza e Itacaré, chegamos a um antigo desafio. Qual é a magia do sapateado? Por que essa técnica de percussão e movimento prende os olhos e as respirações?

Parece uma brincadeira. Amarelinha, talvez. Pular corda sem corda. Siga o mestre. Escravos de Jó.

Lembro de uma médica neurologista que dizia praticar sapateado para ativar, treinar, o cérebro. A maior distância a ser percorrida por um impulso nervoso -cérebro pés- seria um fator de engrandecer o efeito de formação e fortalecimento das sinapses, aquelas ligações que fazem do cérebro uma máquina em constante mutação, para melhor ou...



Para mim, há a analogia do nome Fred. Sim, o Astaire. Fascínio antigo. Um malabarista que se comunicava com o telegrafismo das plaquetas sob seus pés. Não tinha aparência de galã, mas estava sempre bem acompanhado. Ginger? Kelly? Eu tentei, há muitos anos. Ok, décadas. Mas não havia a armadilha em que caímos, 10 homens, recentemente.

Eram aulas apenas para homens. Uma tentativa interessante, descontraída. Estávamos ali experimentando o que nossas filhas, esposas, amigas, sobrinhas, alunas faziam. Simples assim. Ok, resumindo: estaremos no palco com uma coreografia apenas nossa, participaremos de coreografias teatrais e, subitamente, somos uma das atrações do espetáculo. Era ou não uma armadilha, dona Erika?!



Mas claro que estamos todos agradecidos por termos sido capturados em nossa distração. Brincadeira ou não, tudo é muito sério! Paradigmas quebrados, integração inédita, mundos distantes aproximados.

Garantam seus ingressos, ajustem-se nas poltronas, vai começar!