sábado, maio 23, 2009

Importante, urgente, ou...

Como você ocupa seu tempo? Ao deitar-se, você está satisfeito com o que fez no dia ou tem a sensação de que coisas ficaram por fazer? Como desacelerar, se a cada dia tarefas e mais tarefas vão se acumulando?!...

Por que algumas pessoas parecem cumprir o que pretendiam e, ainda, vivem tranquilas?

Pense que, num todo, a sua forma de agir, de lidar com os problemas –ou fingir que eles não existem-, de criar estratégias, tudo isso foi criado ao longo de sua vida, mas pode ter origem nas influências que recebeu, nos modelos que observou, nas fantasias que criou. E que, se esta repetição de fórmulas assimiladas te atrapalha, restringe a sua ação no mundo, pode ser hora de descobrir novos horizontes. Sim, apagar modelos que lhe foram praticamente “impostos” e descobrir os autenticamente seus!

Em relação à apropriação do tempo, há técnicas para isso. Estudiosos elaboraram teorias e as testaram. É o caso de Stephen Covey, que criou a “matriz de gerenciamento do tempo”. Ela cruza o “importante”, na vertical, com o “urgente”, na horizontal. São, portanto, quatro quadrantes, I, II, III e IV.


No quadrante I está tudo que não pode ser deixado para depois: o cliente chamando, o vazamento no banheiro, as prateleiras vazias... Importante e urgente. Tarefas executadas com ansiedade, sem capricho, com pequenas possibilidades de serem prazerosas.

As ações do quadrante II são, igualmente, importantes, mas menos... Urgentes. Não há “pressão externa” para que nos concentremos nelas. Mas, segundo Covey, aí deve estar o foco de nossa atenção. Aí estará o tempo para a ginástica, o relaxamento, o planejamento pessoal e profissional. O lazer, o treinamento e o espaço para aperfeiçoar os relacionamentos. Se aumentarmos o tempo de planejamento, prevenção e preparação, teremos menos crises e precisaremos de menos tempo para o quadrante I.

No quadrante III, os eventos parecem importantes. Parecem porque são urgentes. Normalmente são importantes apenas para os outros e desnecessários à nossa missão. Imagine: você está concentrado num trabalho de planejamento. O telefone toca. Nesse instante atender o telefone passa a ser prioridade. Você para, atende, perde a concentração e, às vezes, consegue resolver algum problema. Dos outros. Assim como o I, este quadrante carrega pressões externas e, exatamente por isso, criamos a ilusão de estarmos envolvidos com tarefas importantes.

O quadrante IV é o do desperdício. Nada de urgente. Nada de importante. Longas reuniões improdutivas, conversas sobre a vida alheia, minutos valiosos lendo emails com mensagens de qualidade duvidosa...

Mas, então, como anda nosso senso de missão? Quais são, efetivamente, nossas prioridades? Pense e responda com honestidade: em qual quadrante tem passado a maior parte de seu tempo? É uma escolha real, ou como tem sido, simplesmente?

Lembre-se: o quadrante II é a chave para a libertação. Apague incêndios, se eles acontecerem, mas passe boa parte do seu tempo pensando e planejando como preveni-los. Permita-se desacelerar.