quinta-feira, maio 21, 2009

Desenvolvimento, Produção Agrícola, Meio Ambiente

O debate já dura alguns anos. Agora chegou à mídia.

Código Florestal, SNUC -a lei da áreas protegidas-, reserva legal, agricultura familiar, desmatamento da Amazônia...

A chamada "bancada ruralista" do Congresso e Senado Federal agita-se em defesa dos pretensos interesses de produtores rurais. O Código Florestal é uma Lei Federal antiga, bastante exigente, conhecida e respeitada por ambientalistas e questionada por alguns produtores rurais. Estes alegam que a lei é muito rígida e dificulta o crescimento das atividades agrícolas nacionais. Ambientalistas, por sua vez, dizem que há muita terra disponível para estas atividades e que não é necessário desmatar e utilizar áreas frágeis.

Carlos Minc, atual Ministro do Meio Ambiente, esclarece o tempo todo que, por exemplo, deve-se liberar a produção de uvas, maçãs, café -não disse, mas, obviamente aplicável ao cacau- em encostas de morros. A atual lei proíbe, mas, combinando-se com espécies nativas, ele considera viável a liberação.

Minc defende, também, que pode-se pensar em incluir áreas de proteção permanente -as famosas APP, definidas no Código Florestal- nas reservas legais de pequenas propriedades, aquelas destinadas à produção familiar. Pela legislação atual, APP é APP. Reserva Legal é Reserva Legal. Não se misturam. Por exemplo, pelas atuais regras, se um pequeno proprietário possui um rio cruzando suas terras -ou uma nascente-, ele deve manter intactas suas margens, as duas faixas de 30 metros e, também, deve averbar sua reserva legal de 20% do total -sem incluir as APP-, que também deve ser mantida em estado original. O ministro defende que estes pequenos produtores poderiam, sob cuidados especiais, incluir em suas reservas legais a serem averbadas, as terras mais próximas ao rio -as APP-. A idéia é diminuir a restrição sem permitir derrubada de matas ciliares, das encostas ou topos de morros. A área aproveitável, para cultivo ou pastagem, destes pequenos produtores seria, então, legalmente maior. Espera-se efeitos positivos no nível de emprego e de produção familiar. Evidentemente, grandes propriedades não precisariam deste benefício.

A posição defendida para a Amazônia é a de "desmatamento zero" e reserva legal de 80%. Para este bioma e todos os outros, haveria espaço para "produzir mais e proteger mais". Ou seja: há muitas áreas já degradadas e outras de menor relevância ambiental que podem ser recuperadas e utilizadas para produção agrícola, poupando florestas e outros remanescentes importantes de todos os biomas. Os ruralistas, ainda assim, reagem e querem evitar um gesso em sua atividade.

As mais recentes notícias são preocupantes. A primeira cita possível decreto presidencial isentando de Licença Ambiental Prévia as obras de rodovias federais. A segunda, limita em 0,5% o valor a ser cobrado a título de compensação ambiental. O SNUC define esta porcentagem como a mínima a ser cobrada de qualquer empreendimento sujeito a licença ambiental e que, dependendo do porte e do tipo e dimensão do impacto, o IBAMA poderia -como já faz- determinar uma cobrança maior. Outra alteração pretendida é incluir naqueles 0,5% (compensação ambiental) todas as despesas com a própria licença ambiental e com o atendimento às condicionantes. Atualmente, os EIA RIMA -Estudo e Relatório de Impactos Ambientais- e os programas socioambientas exigidos pelos órgãos licenciadores -educação ambiental, resgate de fauna e flora, por exemplo- são subsidados pelos empreendedores. A compensação ambiental é uma das principais fontes de receita das áreas protegidas brasileiras. Resultado? Mais dificuldades para as nossas sofridas APAs, Parques, Reservas...

O que preocupa não é, exatamente, a atitude de deputados, senadores, ministros, presidente. É o fato de que a população "não está se lixando" para esse debate. As decisões refletem, sim, o desconhecimento geral sobre Unidades de Conservação, APP, licenças e impactos. Desperdiçamos décadas de improvisação e imenso amadorismo na "educação ambiental" e, agora que precisamos de conhecimento difundido para democratizar o debate, temos ruralistas e ambientalistas radicais, defendendo interesses obscuros e a população sempre à parte, excluída.

Estamos nas mãos, ainda, de alguns poucos. Resta-nos torcer para que eles cometam, também, poucos erros. Dificilmente quem usufrui do poder se preocupará em difundir conhecimento, ou diminuir a ignorância.

FLEXIBILIDADE


Sempre insisto. Alongamento é remédio. No começo você se sente o último dos homens (ou das mulheres). Depois de poucas semanas você olha para trás e vê que, na fila, há outros e outras, durinhos, travados, sofrendo como você sofreu ao iniciar um programa de exercícios de alongamento.

Embora haja, sim, alguns poucos especialistas que questionam a importância do alongamento antes e depois de exercitar-se, a experiência e a grande maioria dos artigos científicos a esse respeito unem-se para defender a necessidade dos exercícios de flexibilidade.

É durante o alongamento antes dos exercícios que você acalma, deixa para trás seu trabalho, preocupações, compromissos e entra em contato com seu corpo, seus músculos, ossos e órgãos. Equilibra a respiração, compreende seus limites. Você mentaliza, ali, uma melhora, um cuidado consigo mesmo. É o seu momento, de mais ninguém!

Ao mesmo tempo, o que acontece é uma preparação ao que vem depois, o estresse muscular, a demanda por movimento e força, impactos, diversas solicitações físicas. O alongamento prepara músculos, tendões e ligamentos para esse pequeno e saudável "furacão" que é o exercício, seja uma corrida, natação, musculação... É o início do aquecimento.

E uma novidade: pesquisa recente de Estélio Dantas comprova que a prática de alongamento ajuda no ganho de força. Ou seja, exercícios de hipertrofia ou de resistência muscular localizada podem ser mais eficientes quando você tem o hábito de se alongar!

Após o exercício, você precisa, igualmente, observar e sentir as reações de seu corpo. Orgulhar-se de sua iniciativa de cuidar de si e sentir o suor, a respiração, as batidas do coração. Mais uma vez, é durante os exercícios de alongamento que esse contato acontece. E os músculos agradecem, preparando-se para o relaxamento. Para a desaceleração!...

Há, ainda, a necessidade de reduzir tensões. Especialmente aquelas nas costas, ombros, pescoço. Alongamentos ajudam a aumentar os pequenos espaços entre as vértebras, aliviando minúsculas pressões sobre os nervos que passam por ali, vindos do interior da coluna vertebral e do cérebro. Esses nervos, quando pressionados, provocam dor e comprometem os impulsos nervosos daquele ponto em diante. Ao alongar-se, você poderá estar evitando uma série de desequilíbrios em órgãos, articulações e músculos.

Esteja atento. Peça orientação. Frequente aulas de alongamento.

Ou... Aguarde sentado. Porque em pé... Vai doer!