Há um ano, a mesma tragédia.
Você remove um, chegam dois. Você cria uma lei, ninguém respeita, não há fiscais, não há punições. O solo, as águas, as coberturas vegetais são utilizados como uma "coisa" de ninguém.
Leia meu texto sobre os fatos de Angra dos Reis, no início de 2010. Nada de novo. Infelizmente.
Planejar cidades é arte e ciência. Antiga e necessária. O crescimento e a aglomeração populacionais têm travado qualquer criatividade.
Na foto, a absurda situação de construções de grande porte, nas encostas de Nova Friburgo. As que sobraram...
Enquanto os gestores não forem obrigados a prestar contas de suas ações preventivas -refiro-me a planejamento urbano e saúde, segurança, mobilidade...- eles continuarão a centrar-se naquilo que lhes será permitido colher no prazo de um mandato. Ações preventivas também custam e o efeito fará parte da colheita de um sucessor. Não há motivos para investir em prevenção...
Nossa geração ainda é responsável pelo que sobrará para as próximas. E, convenhamos, na maior parte do planeta só está piorando... À minha volta, também.