quinta-feira, dezembro 31, 2009

2009

2009, o ano da desaceleração!

300 postagens (!!), como desabafos. Contato direto com cada um que lê e, de alguma forma, recebe um pouco de minha consciência.

Desacelerar é um desafio. Tudo exige rapidez e agilidade. Mas, é uma necessidade...

Fim de ano, fim de década. Escrevi, aqui, e relembro Pink Floyd:

...and then one day you find, ten years have passed behind you, no one told you when to run, you missed the starting gun...

Estejamos em contato em 2010! Estejamos junto na nova década!

Um remedinho resolve

Cicatrizes torácicas desfilam, aos grupos, na praia. Orgulhosos, seus proprietários atestam uma cultura, infelizmente, disseminada em tempos "modernos":

- Como o que eu quero, bebo o quanto quiser, exercito-me se der vontade.

- Se ficar diabético, se meu coração falhar, se algo errado me acontecer, um remedinho, uma cirurgiazinha, resolvem...

As campanhas pela prevenção são tímidas e fracassam. O resultado é uma imensa despesa para os serviços de saúde e muito sofrimento para as famílias e a sociedade. Há, no ar, uma ilusão de uma medicina mágica e soberana a se sobrepor ao verdadeiro suicídio coletivo contido na vida urbana e "civilizada".

Seus filhos não são seus filhos

Assim começava o prefácio de Erich Fromm. O livro era Summerhill - Liberdade sem medo, que mostrava a experiência de uma escola no Reino Unido em que reinava a liberdade. Crianças e adolescentes "escolhiam o que fazer". O desempenho era superior, assim como os indicadores de felicidade e realização.

"Seus filhos não são seus filhos. Você é o arco que os arremessa ao futuro."


Apenas.

Na verdade, tenho mudado minha estratégia ao buscar caminhos que incentivem adultos a aderirem a um programa regular de exercícios e alimentação, no mínimo, saudável. Quando dizia que as "crianças" precisavam dele, pai -ou dela, mãe-, sem querer eu afastava o foco do motivo central que faz alguém cuidar de si: amor próprio.

Quando me dizem:

-Eu não corro, nem vou a academias, porque, em casa, trabalho o dia todo. Fico, até, cansada e dolorida!

Retorno dizendo que, sim, é melhor que ficar deitada o dia todo, mas o ato de exercitar-se, para ser plenamente eficiente, precisa de um botão a mais, aquele em que está escrito:

PARE O MUNDO QUE AGORA VOU CUIDAR DE MIM

Voltando às crianças, estou, agora, insistindo que não devem ser seus filhos o incentivo para que você cuide de sua saúde, mas, sim, seus próprios desejos, suas próprias necessidades.

- Seus filhos já são do mundo e, claro, vão se virar muito bem sem você. Há inúmeros exemplos de sucesso sem as figuras de pai ou mãe. Você é que deseja muito acompanhar a vida deles! Formatura do ensino médio, primeiros flertes, namoros, entrada na faculdade, casamento, formatura, seus netos... Você é que precisa disso, para continuar querendo cuidar de si e continuar vivo!

As pessoas param, pensam e... Concordam. De uma forma diferente adquirem novo estímulo para dar uma virada e corrigir certos hábitos que as estavam matando...

É. Definitivamente seus filhos não são seus. Já são do mundo e você os arremessou!

domingo, dezembro 20, 2009

COP 15: não importa a causa, estamos em perigo...



Agora que passou a conferência, a poeira está começando a assentar e nós podemos refletir. Sim, há muita ênfase na questão dos motivos reais das mudanças percebidas em certos aspectos do clima. O gelo do ártico derrete. Temperaturas maiores, em média, já são registradas. Há mais tormentas, a Grande Barreira de Corais na costa da Austrália perde vida com as maiores temperaturas da água marinha, rios perdem volume, da Amazônia às regiões subtropicais... Mas é devido à ação humana?

Não importa.

Em primeiro lugar, é interessante perceber grandes líderes (?) mundiais com as mesmas dificuldades de síndicos de condomínios de classe média, ou vereadores de pequenas e grandes cidades por aí afora. Estive próximo a diversas Câmaras Municipais nos últimos 10 anos e, realmente, é muito parecido. Lembro sempre da história que me contaram sobre certa característica de árabes, mas que se aplica a qualquer humano: ele briga com seu irmão, mas une-se a ele para brigar com seu vizinho. Briga com o vizinho, mas estão juntos para atacar moradores de outros bairros. Estes transformam-se em parceiros, se os inimigos são de outra cidade. Moradores de duas cidades lutam lado a lado contra interesses de outros estados. Juntos, cidadãos de todos os estados de um país, que antes eram sérios oponentes, descobrem laços fortíssimos ao enfrentar exércitos de outros países.

Mas, e agora? Onde está o inimigo comum para unir aqueles líderes? A ameaça ao planeta não tem um emissor palpável, não tem sede, nem exército. A ameaça, ainda, pode ser os próprios moradores do planeta...



Em segundo lugar, para mim o grande, o supremo problema do planeta é a superpopulação. Se ela é a causadora do suposto aquecimento, ou das alterações na dinâmica do clima, não importa. Ela causa, sim, o esgotamento dos recursos naturais. Causa, também, o choque de realidades e a intolerância. Causa a fome, a má distribuição de riquezas, a cegueira perante necessidades de semelhantes. Degrada, através da desenfreada geração de esgoto e lixo, os recursos hídricos e aumenta o risco da disputa pelo líquido precioso, a água potável. Causa a ansiedade de "se dar bem" antes de todos, já que "tudo está perdido, mesmo".



Em terceiro lugar, essa história de emissão de carbono. Sim, ela é real. Queimamos combustível com nossos veículos, inclusive aviões. Isso é emissão direta. Aceitamos desmatamento, pois compramos produtos de madeira sem certificarmo-nos de sua origem; desperdiçamos, ridiculamente, energia elétrica com nossos chuveiros elétricos e geladeiras abertas ou mal fechadas; consumimos carne de gado criado em confinamento e alimentado com rações (produzidas às custas de áreas imensas desmatadas para plantio) que os fazem, sim, produzir e emitir metano e contribuir com 25% das emissões de GEE, os gases efeito estufa. Entupimos lixões e raros aterros sanitários com matérias primas e material orgânico que poderiam ser aproveitados. Isso que fazemos é emissão indireta. Estas emissões são causa de algo significativo? Muitas, a maioria, das pesquisas dizem que sim. Algumas dizem que não. Mas, claro, de novo: não importa. Faz sentido, agora, não arriscar e iniciar mudanças no "jeito de viver". Energia "limpa", ou renovável, ou, ainda, que não degrada recursos naturais, é realidade possível. Por que não investir nela? Deixemos os debates "científicos" e mudemos nossa maneira de consumir. Por que alagar áreas imensas, deslocar comunidades, submergir fauna e flora, para imensas hidroelétricas para atender um consumo desenfreado, se isto pode ser evitado? Não é lógico? Como evitar? Energia inteligente! Hidrogênio, solar, eólica, termoelétricas acionadas pela queima do lixo e aproveitamento das cinzas...

Mas, nossos "líderes" (entre aspas, porque não agem como tal) atuam como síndicos inexperientes ou vereadores defendendo o asfalto da rua em que moram, ou uma obra para contratar uma empreiteira do cunhado...

De Obama ao "o cara", de Ahmadinejad a Chavez, fizeram um "acordo" pífio. Não que este acordo fosse tããããão importante, mas, pelo menos agiriam como naquela suposta história dos árabes. Unidos contra... Contra o quê, mesmo?!

sábado, dezembro 19, 2009

Fogo no Morro do Pernambuco

Está em chamas o topo do Morro do Pernambuco. Hoje, às 19hs, liguei para 190 para perguntar se os bombeiros estavam sabendo. Informação: "O telefone do Corpo dos Bombeiros é 192". Liguei 192. "SAMU, boa noite!". Ops, não é 192. "Por favor, qual é o número dos bombeiros?". Ok, 193.

-"Corpo de Bombeiros, boa noite!"

Informei do incêndio e o atendente solicitou meu nome completo e telefone. Perguntou se eu estava próximo ao local e disse que algumas pessoas tinham ligado, mas não informaram telefone e nome. Perguntou alguns dados e informou que estariam a caminho. Em menos de meia hora estavam chegando. As chamas estão ainda à vista, subiram a encosta voltada para a baía e dirigem-se ao farol.

Na foto, ao fundo, as chamas. 20:15 de hoje.


Em tempo: agora são 23:00 e há apenas pequenos clarões no morro. Os Bombeiros chegaram e resolveram. Obrigado!

Você tem filhos adolescentes? Veja essa pesquisa inédita do IBGE!

A Pesquisa Nacional da Saúde do Escolar (Pense) apresenta informações sobre as condições de vida do estudante, em investigação inédita no IBGE sobre o tema e, também, a primeira na história do Instituto em que os próprios entrevistados responderam ao questionário diretamente no computador de mão. Essa forma de coleta de informações deu privacidade aos informantes para responderem questões sobre família, saúde, violência, uso de álcool e drogas e comportamento sexual.

As informações, divulgadas ontem (18/12/2009) mostram que mais da metade dos 618,5 mil estudantes de escolas particulares e públicas, que frequentam o 9º ano do ensino fundamental, nas capitais e no Distrito Federal - a maioria na faixa de 13 a 15 anos - são inativos ou insuficientemente ativos1 em relação à prática da atividade física. Considerando somente as alunas, o percentual chega a quase 70%. Aproximadamente 80% deles assiste TV por duas horas ou mais por dia, quando duas horas é o limite recomendado pela Organização Mundial de Saúde. Já o consumo de guloseimas e de refrigerantes superou o de frutas frescas. O consumo de frutas frescas foi de 31,5%, enquanto a proporção de alunos que consumiram guloseimas, em cinco dias ou mais na semana anterior à coleta da pesquisa, foi de 50,9%, e o percentual de estudantes que consumiram refrigerantes foi de 37,2%.

Feijão é o alimento saudável mais consumido entre os estudantes

Dentre os marcadores de alimentação saudável foram verificados maiores percentuais de consumo para o feijão (62,6%), sendo mais elevado entre os escolares do sexo masculino (68,3%) que do feminino (57,4%) e entre alunos das escolas públicas (65,8%) em comparação aos das escolas privadas (50,1 %).

A maioria dos estudantes nas capitais brasileiras e Distrito Federal tinha o costume de fazer cinco ou mais refeições na semana com a presença da mãe ou responsável, chegando a 62,6% do total, sendo a menor freqüência observada em Salvador (54,3%) e a maior, em Florianópolis (72,7%).

No consumo de hortaliças em cinco dias ou mais na última semana, a diferença maior ficou entre os alunos das escolas privadas (34,3%) diante os das escolas públicas (30,4%). Não foram observadas diferenças significativas entre os sexos (feminino: 31,3% e masculino: 31,2%) para o total da pesquisa.

As frutas frescas foram consumidas em cinco dias ou mais, na semana anterior à investigação, por 31,5% dos escolares, não havendo diferença significativa por sexo ou dependência administrativa da escola para o total das capitais e do Distrito Federal. Já o consumo de leite foi maior entre os escolares do sexo masculino (58,3%), do que entre os do sexo feminino (49,4%), assim como foi maior entre alunos de escolas privadas (60,7%) do que entre os de escolas públicas (51,7%).



O número de alunos se achando magros era maior que o de se achando gordos

A pesquisa avaliou a percepção dos alunos sobre sua própria imagem corporal, nas categorias: magro ou muito magro, normal, gordo ou muito gordo. Achavam-se magros ou muito magros 22,1%. A proporção de escolares do sexo masculino que se perceberam magros ou muito magros foi de 23,0%, enquanto no sexo feminino foi de 21,4%. Já 17,7% disseram estar gordos ou muito gordos. Os escolares do sexo feminino observaram-se desta forma em 21,3% dos casos.

Estavam fazendo alguma coisa seja para perder, ganhar ou manter o peso 62,8% dos alunos. O percentual era maior entre as mulheres (65,0%). Porém, chama a atenção que um terço das alunas (33,3%) estava fazendo alguma coisa com a intenção de perder peso. Para o sexo masculino, a freqüência encontrada foi de 60,2%. Esse percentual foi distribuído da seguinte forma: perder peso (20,9%), ganhar peso (17,9) e manter peso (21,4%). Por fim, 6,9% relataram que vomitaram e/ou ingeriram medicamentos ou fórmulas para controle do peso sendo o menor percentual encontrado em Florianópolis (4,7%) e o maior em Boa Vista (9,8%).



Você pode ver e baixar o relatório completo, com os comentários e a análise dos resultados, em (copie e cole no seu navegador): http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/pense/comentarios.pdf

Hawaii Five 0 Intro

Muitos não sabem de onde veio esta música que dançam nas pistas. Eu esperava até tarde só para ver esta introdução, aquela onda quebrando... Magia havaiana!

sexta-feira, dezembro 18, 2009

"Suspiro", no Natal na Praça, Tonus, Ilhéus

Coreografia de Ballet Clássico "Suspiro", da Escola de Dança Tonus, apresentada ao ar livre, na Praça São João, em Ilhéus (16/12/2009).

quarta-feira, dezembro 16, 2009

Dança e arte na praça, onde o povo está!...

Mais uma vez a Escola de Dança Tonus enfeitou a praça São João e encheu os olhos de todos que estavam ali, uma m-u-l-t-i-d-ã-o! Dança de verdade, cultura real...

A Praça São João é do povo, como o céu é do avião!

16 de dezembro, 2009.





Tonus Tai Chi na praia

Aula de encerramento do ano. Um local incrível, pessoas passando, olhares de surpresa... Bom para... Desacelerar!


domingo, dezembro 13, 2009

Jean Manzon: relíquias em video


Juscelino Kubitschek e Lucio Costa onde hoje é Brasília - Fotografia de Jean Manzon


Encontrei o acervo de Jean Manzon. Disponível na internet.

Os que são jovens há mais tempo lembram das reportagens ufanísticas, nacionalistas e com belas imagens sobre nosso país. Canal 100! Antes dos filmes, nos cinemas, vinham imagens de grandes obras, jogos importantes no Maracanã, notícias do governo e notícias do grande Brasil...

Está em http://www.acervojeanmanzon.com.br/

Copie esse endereço para seu navegador e acesse o site. Vale a pena. Veja em "videos", por exemplo, imagens de Santos Dumont, dos bondes circulando pela Rio de Janeiro de 1957, das obras da ponte Rio-Niterói em 1969, da Amazônia, da Salvador de 1982, de tantos lugares em épocas que ficam apenas na memória...



No final dos anos 70 (sim, anos 1970!) fui professor particular de Louise, uma requintada menina, delicada e talentosa filha de Jean Manzon. Ensinei desenho e fiquei sabendo que, hoje, ela é artista, reside na França há muito tempo. Desde aquela época eu assistia os documentários de Jean Manzon com interesse especial. Ele já tinha mais idade e faleceu em 1990, deixando um riquíssimo acervo de fotografias e documentários. Eu admirava seu trabalho e sua personalidade. Tudo isso, sem dúvida, permanece em meu inconsciente e influencia minha visão do mundo...

Condição física e desempenho intelectual

A mais recente edição da revista Proceedings of the National Academy of Sciences apresenta uma pesquisa que indica uma relação entre a boa condição física (no caso, a condição cardiovascular) e o desempenho intelectual.

Para os pesquisadores, exercícios aeróbicos podem ser o "mediador e conector fisiológico" entre exercício físico e cognição (inteligência).



Pesquisadores suecos estudaram mais de 1,2 milhões (!) de pessoas nascidas de 1950 a 1976. Concluíram que:

1. Condicionamento cardiovascular, e não força muscular, estava associado com superior performance cognitiva.

2. Condicionamento cardiovascular aos 18 anos poderia indicar futuros status socioeconômico e conquistas educacionais.


Mais, ainda. Os autores sugerem que o ambiente e, não, a genética, influencia maciçamente a associação entre condicionamento físico e inteligência. As descobertas dão mais força à teoria de que promover incentivos à prática de atividades físicas pode servir como estratégia de saúde pública para conquistas na área da educação.



Quem me conhece sabe o quanto reforço a importância da oxigenação promovida pela melhor condição cardiovascular. Pedalar, nadar, correr, caminhar, pular, dançar, tudo isso, agora está comprovado, aumenta, também, a condição de pensar e raciocinar.

Mais oxigênio, mais nutrientes e as células, todas elas, funcionam melhor. Inclusive as células do cérebro.

Inclusive neurônios!

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Está em http://www.pnas.org/content/106/49/20551

“Cardiovascular fitness is associated with cognition in young adulthood” by Maria A. I. Åberg, Nancy L. Pedersen, Kjell Torén, Magnus Svartengren, Björn Bäckstrand, Tommy Johnsson, Christiana M. Cooper-Kuhn, N. David Åberg, Michael Nilsson, and H. Georg Kuhn (see pages 20906–20911).

sábado, dezembro 12, 2009

Diário de Luana

Publico aqui também o simpático comentário sobre o "Diário de Luana". Quem participou está, agora, vivendo emoções que só eles compreendem!

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Foi emocionante rever este diário!!!
Aquela conversa criativa foi ÓTIMA!
E vale repetir...a fantástica fábrica de chocolates foi uma delícia de espetáculo!
Abç
Mônica

12/dezembro/2009

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Quer ver? Vá a http://desacelere.blogspot.com/2009/02/diario-de-luana-apresentado-na-conversa.html

sexta-feira, dezembro 11, 2009

Ferrovia Oeste - Leste

Uma das principais críticas ao modelo de desenvolvimento nacional adotado a partir da segunda metade do século passado foi a clara, oficial e exagerada preferência pelo transporte de cargas por via rodoviária. Caminhões.

Resultado: grande desperdício de combustível, altos índices de acidentes nas estradas, poluição atmosférica acentuada e sem controle. Sim, as indústrias de veículos agradecem, assim como as petrolíferas, mas a economia, como um todo, sofre e recursos importantes para pesquisas de alternativas, por exemplo, são escoados no asfalto (quando há pavimentação). Acidentes não representam apenas (?!) riscos para as vidas, mas custos com resgate, tratamento, aposentadoria e perda de produtividade. Poluição atmosférica afeta diretamente populações à volta das rodovias, mas, significa, ainda mais, crescente emissão de gases relacionados ao efeito estufa.

Participei da apresentação do RIMA da FIOL. Não sabe o que é isso? Desculpe, mas é importante saber... RIMA é o relatório de impactos ambientais, em linguagem simplificada e acessível, uma espécie de resumo do EIA, o Estudo de Impactos Ambientais. O EIA é a principal exigência para que uma obra obtenha a licença dos órgãos ambientais (no caso de uma ferrovia, o IBAMA). FIOL é a Ferrovia de Integração Oeste Leste. Um mega projeto de transporte que deverá unir Figueirópolis, no Tocantins, a Ilhéus, Bahia. 1.500 quilômetros! Grãos, álcool e minérios que atendem o mercado internacional terão escoamento facilitado.



Sim, a prefeitura de Ilhéus convidou interessados para conhecer o RIMA. Dá para imaginar, não é? Auditório lotado, empresários, ambientalistas, políticos, imprensa, técnicos, sindicalistas... Afinal de contas, como escrevi acima, é difícil imaginar um assunto mais importante para uma cidade que clama por empregos e alternativas de desenvolvimento.



Não. Nada disso. Um constrangedor vazio nas cadeiras. É melhor falar do time de futebol da cidade. Um pouco antes era este o tema e todas as cadeiras estavam ocupadas. Prefeito falando, vereadores discursando, empresários ouvindo... Quem me conhece sabe que não os culpo. A pressão vem da sociedade. Ou, no caso, não vem. Não há pressão. Ninguém se interessa, por que gestores públicos vão se interessar? Especialmente aqueles que poderão estar longe quando os benefícios chegarem...



Mas a verdade é que eu estive lá e tive acesso ao texto e imagens do relatório; o projeto existe e há grandes vantagens sociais e econômicas. Há, também, algumas oportunidades de recuperação e manutenção da qualidade de ambientes naturais, como nascentes, margens de rios, restingas, mangues e ecossistemas em risco, que poderão ser "adotados" por alguns dos empreendimentos esperados na região. Há de se experimentar, acima de tudo, muitos debates e honestidade técnica.

Desacelerando há um ano!!

283 postagens em um ano. Em 14 de dezembro de 2008 publiquei uma entrevista que concedi à revista Pesca Brasil, sobre "megacidades". Era a primeira...

São textos sobre muitos assuntos, passando por psicologia, urbanismo, meio ambiente, educação, saúde, alimentação e muitas situações do cotidiano.

11.000 acessos! É bom saber que, de alguma forma, participo do dia das pessoas e deixo um pouco da minha energia!

quinta-feira, dezembro 10, 2009

quarta-feira, dezembro 09, 2009

Qual é o problema mais grave?

Esta pergunta foi feita a mais de 2.000 pessoas em todas as regiões do Brasil. Era uma pesquisa do Instituto Datafolha, citada na edição de domingo passado no jornal A Folha de São Paulo. As respostas deviam apontar o problema mundial considerado mais urgente.

Em meus treinamentos para empresas (pousadas, por exemplo), criei uma dinâmica em que todos refletiam sobre os "problemas". Deviam debater, em grupos, e chegar a uma opinião conjunta (dentro de cada grupo) sobre o maior problema do planeta, da América do Sul, do Brasil e de seu estado. Além do objetivo de vivenciar o debate coletivo e exercitar o "abrir mão" e o "impor sua opinião", eu buscava uma melhor consciência sobre a verdade nua e crua dos problemas. Explico. Muitas vezes, o que consideramos problema é, na verdade, a ponta do iceberg. É o resultado de um problema maior e, este sim, seria, então, o "maior problema". Claro que havia um confronto do tipo ovo-galinha. A fome é causada pela corrupção ou é a causa dela? Mas o importante era o debate.



Sim, a pesquisa do Datafolha. Pobreza é o que mais preocupa. E mesmo ricos desconhecem as causas da mudança climática. O brasileiro não considera o aquecimento global (ou a possibilidade dele) uma prioridade e "erra feio ao apontar suas causas". Mas, surpresa! Declaram-se dispostos a pagar para amenizar o impacto da degradação. 58% pagariam mais impostos para preservar a Amazônia.

Numa lista de 10 grandes problemas mundiais (minha crítica: ali estavam problemas de verdade ao lado de "pontas de icebergs"), apenas 5% dos entrevistados citaram o aquecimento global como sua maior preocupação. Pobreza, violência e fome (para mim, são parte de um único problema) aparecem nos primeiros lugares. Depois aparecem mortalidade infantil, falta de acesso à educação e terrorismo.

E para você? Qual é o problema mais grave do planeta? Ele é um problema, em si, ou é causado por outro maior e, claro, mais importante?

Aqui estão exemplos do que foi apontado em nossas dinâmicas nas empresas:

- Má distribuição das riquezas
- Corrupção
- Crise moral
- Superpopulação
- Escassez de recursos
- Superconsumismo
- Egoísmo
- Intolerância religiosa
- ...

terça-feira, dezembro 08, 2009

Obesidade e seu vírus

Intrigante, o artigo publicado no jornal A Folha de São Paulo domingo passado. Mostra resultados de pesquisas sociais nos Estados Unidos. Relata que certos comportamentos são... Contagiosos!

Claro que não é na forma concreta de um vírus biológico, mas o efeito é parecido, como uma epidemia.

O principal exemplo é a obesidade. E diz que uma das conclusões dos cientistas é que "as pessoas engordam em grupos". E que isto acontece porque "são as pessoas mais próximas a você que criam a sua noção de normal e de bizarro". E afirma, de modo assumidamente cruel, que se você tem amigos gordos, sua chance de também engordar é 57% maior! Isso não aconteceria por comer junto com os amigos, mas, aos poucos, por parar de considerar que se alimentar mal é, na verdade, um problema.

Mas há um ângulo positivo neste conjunto de pesquisas.



Cada amigo feliz aumentava em 15% a chance de que alguém também se declarasse feliz. Sim, a novidade é que cientistas descobriram o que todos já sabemos: ficamos mais felizes quando temos pessoas felizes ao nosso lado!

Ou seja: quer emagrecer? Não precisa abandonar seus amigos que estão acima do peso. Ao contrário. Aproxime-se dos amigos sadios e estes, de seus amigos obesos. O grupo vai, em bloco, emagrecer!

Está deprimida? Procure ambientes que sejam frequentados por pessoas "para cima", aquelas que alegram quem estiver a seu redor.

E entenda que algumas pessoas podem querer se afastar um pouco de você, caso esteja muito acima do peso ou melancólica. Este "afastamento" pode ser usado como mais um motivo de uma virada na vida, não é? Acredite: o ambiente influencia. Você pode não selecionar, à vontade, as emoções e sensações que experimenta. Mas, sem dúvida, você pode escolher os ambientes que frequenta!

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Na foto, os "Doutores da Alegria", que frequentam hospitais e, com muita alegria, diminuem o sofrimento de pacientes e, quem sabe, curam vários deles!

domingo, dezembro 06, 2009

Tenista de primeira!


Marcelo competiu na categoria 14 anos da Copa TV Santa Cruz de Tênis, realizada neste fim-de-semana no Hotel Jardim Atlântico. Ele tem 12 anos e foi vice-campeão!

Eu (o pai coruja) e o atleta


Marcelo, Charinho (o professor) e Valdivio (campeão)

quarta-feira, dezembro 02, 2009

Copenhage 2010

Faltam alguns dias para o início da reunião de cúpula sobre mudanças climáticas e a Greenpeace e a Tictactictac, ONGs ambientalistas, expõem cartazes criticando a imobilidade dos líderes mundiais e a falta de ações e comprometimentos formais sobre a questão.





O cartaz diz, simulando uma manifestação de culpa, no caso, de Lula, envelhecido no ano de 2020:

- "Desculpe, nós poderíamos ter impedido mudanças climáticas catastróficas... mas não impedimos"

- Incompetente, eu?!!

- O problema é que você é incompetente!

A frase ficou fincada em seu coração por alguns segundos. Minutos, talvez. Ela revoltou-se, pois era uma respeitada profissional, excelente professora, apaixonada pela profissão. Incompetente, para ela, eram aqueles "colegas" acomodados, muitas vezes frustrados, mesquinhos, interesseiros, superficiais, invejosos do carinho que ela recebia dos alunos que, estes sim, a princípio, seriam os únicos que poderiam avaliar sua competência.

A questão é que o mundo acaba sendo gerido justamente pelos incompetentes. Por quê? Veja: nossa competente professora recusa-se a participar de grupinhos ou utilizar métodos, digamos, suspeitos, para, por exemplo, conseguir recursos para seus projetos. São excelentes projetos, bem preparados, justos, justificados, mas... O recurso acaba sendo destinado aos que "jogam o jogo", aos que são, então, competentes para fazer política. Vendem a alma ao diabo para serem considerados competentes.

Para obter poder, para conseguir recursos, há os que aprenderam desde cedo a identificar membros das máfias e aproximar-se deles. Os idealistas, os visionários, os "amantes da arte" são transformados em ingênuos-gênios a serviço da ... Incompetência!

Dois caminhos, sugeri, para sair deste círculo vicioso. Ela não merece frustrar-se e deprimir-se. Ou aprende técnicas de liderança e persuasão e inicia um "trabalho do bem" para influenciar formadores de opinião e grupos cada vez maiores, ou alia-se a quem possui esse talento e compartilha de sua visão de mundo.

Claro que uma terceira via é a compreensão de que a realidade é soberana, mas os idealistas acreditam que podem reverter os caminhos que ela nos apresenta.

Ainda bem que existem idealistas!