As informações, divulgadas ontem (18/12/2009) mostram que mais da metade dos 618,5 mil estudantes de escolas particulares e públicas, que frequentam o 9º ano do ensino fundamental, nas capitais e no Distrito Federal - a maioria na faixa de 13 a 15 anos - são inativos ou insuficientemente ativos1 em relação à prática da atividade física. Considerando somente as alunas, o percentual chega a quase 70%. Aproximadamente 80% deles assiste TV por duas horas ou mais por dia, quando duas horas é o limite recomendado pela Organização Mundial de Saúde. Já o consumo de guloseimas e de refrigerantes superou o de frutas frescas. O consumo de frutas frescas foi de 31,5%, enquanto a proporção de alunos que consumiram guloseimas, em cinco dias ou mais na semana anterior à coleta da pesquisa, foi de 50,9%, e o percentual de estudantes que consumiram refrigerantes foi de 37,2%.
Feijão é o alimento saudável mais consumido entre os estudantes
Dentre os marcadores de alimentação saudável foram verificados maiores percentuais de consumo para o feijão (62,6%), sendo mais elevado entre os escolares do sexo masculino (68,3%) que do feminino (57,4%) e entre alunos das escolas públicas (65,8%) em comparação aos das escolas privadas (50,1 %).
A maioria dos estudantes nas capitais brasileiras e Distrito Federal tinha o costume de fazer cinco ou mais refeições na semana com a presença da mãe ou responsável, chegando a 62,6% do total, sendo a menor freqüência observada em Salvador (54,3%) e a maior, em Florianópolis (72,7%).
No consumo de hortaliças em cinco dias ou mais na última semana, a diferença maior ficou entre os alunos das escolas privadas (34,3%) diante os das escolas públicas (30,4%). Não foram observadas diferenças significativas entre os sexos (feminino: 31,3% e masculino: 31,2%) para o total da pesquisa.
As frutas frescas foram consumidas em cinco dias ou mais, na semana anterior à investigação, por 31,5% dos escolares, não havendo diferença significativa por sexo ou dependência administrativa da escola para o total das capitais e do Distrito Federal. Já o consumo de leite foi maior entre os escolares do sexo masculino (58,3%), do que entre os do sexo feminino (49,4%), assim como foi maior entre alunos de escolas privadas (60,7%) do que entre os de escolas públicas (51,7%).

O número de alunos se achando magros era maior que o de se achando gordos
A pesquisa avaliou a percepção dos alunos sobre sua própria imagem corporal, nas categorias: magro ou muito magro, normal, gordo ou muito gordo. Achavam-se magros ou muito magros 22,1%. A proporção de escolares do sexo masculino que se perceberam magros ou muito magros foi de 23,0%, enquanto no sexo feminino foi de 21,4%. Já 17,7% disseram estar gordos ou muito gordos. Os escolares do sexo feminino observaram-se desta forma em 21,3% dos casos.
Estavam fazendo alguma coisa seja para perder, ganhar ou manter o peso 62,8% dos alunos. O percentual era maior entre as mulheres (65,0%). Porém, chama a atenção que um terço das alunas (33,3%) estava fazendo alguma coisa com a intenção de perder peso. Para o sexo masculino, a freqüência encontrada foi de 60,2%. Esse percentual foi distribuído da seguinte forma: perder peso (20,9%), ganhar peso (17,9) e manter peso (21,4%). Por fim, 6,9% relataram que vomitaram e/ou ingeriram medicamentos ou fórmulas para controle do peso sendo o menor percentual encontrado em Florianópolis (4,7%) e o maior em Boa Vista (9,8%).

Você pode ver e baixar o relatório completo, com os comentários e a análise dos resultados, em (copie e cole no seu navegador): http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/pense/comentarios.pdf
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