Malcolm Gladwell, em "Outliers" (Fora de série) navega na reflexão sobre o que faz alguns melhores que outros, aquilo que é decisivo para que apareçam pessoas absolutamente vencedoras.
Logo no início ele causa reboliço em nossos paradigmas quando relata uma descoberta completamente ao acaso, ao observar, nada mais, nada menos, que uma lista de jogadores juniores da seleção de hóquei do Canadá. Saiba que hóquei, no Canadá, é mais do que o futebol para brasileiros. Resultado: 40% aniversariam de janeiro a março. 30%, de abril a junho (ou seja, 70% no primeiro semestre!), 20% de julho a setembro e 10% no último trimestre. Procurou mais informações e confirmou que esta proporção é mais ou menos constante, nos times de elite.
Não são conjunções astrais. É algo mais simples, segundo Gladwell. Os treinadores começam a selecionar atletas para os times de elite quando eles ainda têm 9 a 10 anos de idade. "Nesta fase de pré-adolescência, uma defasagem de 12 meses representa uma diferença enorme em termos de desenvolvimento físico", comparando um menino que completou 10 anos no dia 3 de janeiro com outro cujo aniversário é em dezembro. Portanto, os que buscam talento apenas encontram meninos maiores e com melhor nível de coordenação devido ao simples fato de terem nascido antes. O que acontece, então? O "jogador" escolhido recebe treinamento de melhor qualidade, seus colegas são melhores, disputa um número muito maior de partidas. Ao chegar aos 13 ou 14 anos, é quase inevitável que seja realmente melhor, e terá chances igualmente maiores de ser chamado para participar das grandes ligas do esporte.
Claro que esta análise e interpretação interessam bastante aos que trabalham com esportistas (ele sugere, inclusive, que se organizassem ligas em número suficiente para acolher crianças nascidas nos diferentes trimestres do ano, o que permitiria igualdade nas oportunidades), mas ele vai além. Ele quer mostrar que todos temos "talento" suficiente para atingir o sucesso e que "receber o melhor treinamento" e "praticar um grande número de horas" é o que, efetivamente, diferencia os fracassados daqueles que alcançam o sucesso. Envolve coincidências de todos os tipos, mas ele afirma que há um número que está presente em todos os que "chegaram" lá: 10.000 horas. De Steve Jobs aos Beatles, de Bill Gates a Einstein, Mozart e tantos outros, o ponto em comum é que tiveram oportunidade de praticar, estudar, pesquisar por 10.000 horas até "surgirem repentinamente" para o sucesso. Ele comprova, também, que a partir de uma determinada avaliação de Q.I., variações para maiores resultados não determinam sucesso maior. Vai-se ao chão a importância deste índice (Q.I.) para determinar resultados e felicidade na vida.
Ou seja: nascemos praticamente com as mesmas condições, como certas categorias de automobilismo em que os automóveis são idênticos e sorteados logo antes da largada. Os pilotos que forem realmente melhores (receberam melhores treinamentos e praticaram mais) terão chances maiores de vitória. Como você tem planejado sua carreira, sua vida, suas conquistas?
Gladwell é um dos gurus da maioria dos coaches, aquele profissional que, em 10 a 12 sessões, ajuda seu cliente a construir um plano de ação viável, objetivo e baseado em seus talentos e considerando seus valores. Pode significar 5, 10, 15 anos a menos até alcançar objetivos e metas importantes! Como coach, tenho observado claramente avanços e conquistas: profissionais, financeiras, de saúde, em relacionamentos... Indique esta ferramenta moderna e eficiente a alguém que você conheça.
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