Incrível como há pessoas que refletem em sua postura, sua coluna e seu humor, a sensação de "carregar o mundo nas costas"...
Curvam-se à frente. Elevam os ombros. Dirigem o olhar ao chão. Respiração curta, quase ofegante. E tentam inspirar auto-suficiência e um certo orgulho. Afinal, carregam "um mundo" nas costas.
Mas as costas dóem. Um mundo é muito pesado. Nos mundos há pessoas, com seus próprios pesos e os de suas bagagens -se alguém nos carrega, não nos importamos com o peso de nossas malas-.
-Meu marido não vive sem mim!
-Meu departamento não funciona quando não estou lá!
-Organizo pessoalmente a vida de meus filhos!
-Minha empresa tem a minha cara!
Sentem-se importantes. Sentem-se amados. E desabam quando os habitantes do mundo à suas costas resolvem habitar outros planetas. Descobrem que a acomodação que aconteceu não tem nada a ver com amor. Ao contrário, os acusam de controladores, insensíveis, orgulhosos...
Ao "tratar" a postura, corrigimos o "ângulo de visão" da pessoa. O horizonte é a mira. Relaxamos os ombros, suavemente alocamos as escápulas em direção à cintura, acionamos o abdomen em direção à lombar, alongamos a cervical com o queixo na horizontal e... Respiramos lenta e profundamente... Neste quadro, fazemos exercícios, caminhamos, descemos escadas, dirigimos...
Com o tempo o mundo perde peso, a pessoa posiciona-se melhor em relação a ele e relaciona-se de forma mais completa com seus "habitantes". O alívio das dores nada mais é do que a sensação de leveza. O mundo não pesa.
A liberdade de escolher o que se leva às costas prevalece. Olhe bem. O que é isso aí atrás, sobre seus ombros?!
Gostei e vou tentar seguir seu conselho!!!
ResponderExcluirSábado passado estive organizando um evento e a responsabilidade desviou meu ângulo de visão. Em vez de mirar o horizonte, estava só enxergando as falhas. Azar o meu! Todos aproveitaram e se divertiram muito e eu só consegui ficar tensa e exausta.
Na próxima vez vou corrigir minha postura, relaxar os ombros, respirar lenta e profundamente, fazer meu melhor e aproveitar também.
Beijos, Claudia.