Quer ver o povo como ele é? Não basta ir às ruas. Ele não está lá. Nas praias? Não. Num show de música? Muito menos... Num mercado central popular? Está esquentando, mas ainda não. Na estação rodoviária? Quase, mas...
Experimente observar a multidão que chega para votar. Aproveite o tempo perdido -agora, será tempo ganho- na fila e olhe com atenção à sua volta. É uma aglomeração estatisticamente coerente com o que é essa raça de que fazemos parte.
Eu vi pessoas gordas, muito gordas. Desleixadas com sua saúde. Expressões perdidas ou excessivamente agressivas. Gestantes imensas, jovens deformados, mentes inquietas, uma turba hipnotizada pelos mais rasos desejos.
E os recursos arrecadados com impostos -os que sobram do processo ainda inevitável da corrupção- escorrem por entre os dedos para construir e equipar mais e mais hospitais, sanatórios, postos de saúde, contratar mais e mais médicos e paramédicos, adquirir ambulâncias, remédios, divulgar campanhas inúteis. Porque o povo continua doente. Doenças físicas e mentais. Nada disso está funcionando.
E a prevenção?! Frescura...
Por quê gastariam com prevenção se o valor com o "tratamento" é muito maior? Já sei, você sabe, nós sabemos, e não podemos fazer nada diretamente...
Além disso, teríamos que gastar muito com os programas de prevenção, ao mesmo tempo em que estaríamos gastando com os de tratamento. Simultaneidade para a qual apenas haveria recursos se não houvesse subtrações corruptas. Vai sonhando...
O povo vai continuar doente, escolher representantes doentes e, assim, multiplicar a doença. Em pouco tempo seremos apenas um bando de zumbis.
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