Incrível. Pesquisas indicam que crianças e jovens estão deixando de se dedicar a esportes e atividades físicas por... Vaidade.
-Odeio ficar suada, o cabelo fica espetado, perde o alisamento!...
E a onda de vaidade atinge vítimas de idade cada vez menores. Crianças e pré-adolescentes já evitam exercícios para não ter que lavar -ou molhar- seus cabelos a cada sessão de atividades físicas. Basta conferir o número crescente de salões de beleza e observar a clientela.
Educação Física? Nem pensar, para as meninas!
Outro efeito da modernidade tem afastado os jovens das atividades físicas: a segurança. Pais e mães pensam várias vezes antes de estimular seus filhos a escolher um esporte e dedicar-se a ele. Estarão fora de casa e do alcance de sua visão. Que tipo de assédio receberão? Quem serão seus colegas e quais suas intenções? Como evitar que sejam vítimas de violência?
Resultado: crianças e jovens sedentários, excessivamente virtualizados e mecanizados, "protegidos" por suas famílias, sem aproveitar as janelas de oportunidades do desenvolvimento motor e restringindo, assim, sua formação intelectual e física.
É, portanto, um contra-senso. Por vaidade, não fazem exercícios e preparam-se para engordar, prejudicar seu metabolismo, criar aversão a esportes e, ainda... Perder sua beleza. Por segurança, jovens são incentivados a ficar em casa e perdem oportunidades de vivenciar o mundo e preparar-se para ele. Fragilizam-se frente às ameaças.
Há, sim, espaços, centros esportivos, que, por sua natureza, inspiram confiança e segurança às famílias e devem ser valorizados. Pais devem verificar a filosofia da escola de esportes de seus filhos. Devem conferir a formação de seus fundadores e as características dos professores, estagiários, monitores que serão, em essência, modelos e referências para seus alunos. E valorizar, incentivar e prestigiar essas raras equipes.
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