Falei há algum tempo aqui do quanto as pequenas decisões podem afetar nossa vida. São bifurcações no caminho, ou encruzilhadas. Qual caminho escolher? Era uma crônica bem humorada de Luis Fernando Veríssimo e lembrava que nem sempre uma aparente "decisão errada" era, na verdade, uma escolha equivocada.
O que fazer, então, nas encruzilhadas da vida?
Parar. Observar. Escutar. Profundamente.
Livrar-nos de influências. Principalmente aquelas produzidas em nosso imaginário. Parar um pouco, desacelerar... Respirar. Perguntar ao nosso subconsciente, pois ele sabe as respostas. Olhar as evidências, os fatos, a realidade. Sem preconceitos, sem direcionamentos. E escutar. Vozes interiores, sempre existentes, nem sempre consideradas...
Em nossas brincadeiras de criança, sempre que o carro em que estávamos ia atravessar um linha de trem, lembrávamos dos desenhos animados. O personagem parava à frente do sinal de "pare, olhe, escute". Olhava para ambos os lados. Nada. A mão em concha, ao lado da orelha, aumentava o poder de escuta e... Nada. Com segurança dava um passo e, de repente vinha um trem, à toda velocidade. Ríamos para valer! Era sempre assim...
Será que, hoje, paramos de verdade? Será que olhamos sem lentes a distorcer a realidade? Será que escutamos profundamente todas as vozes a nos orientar?
"Ouça o trem está chegando, está chegando na estação, é o trem das sete horas, é o último do sertão, do sertão..." Raul Seixas.
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