quarta-feira, setembro 02, 2009

Cigarros, cigarros, cigarros...

Falamos há pouco tempo da nova lei paulista que restringe o fumo em locais fechados de uso coletivo. Falamos da imensa aprovação da população -mesmo entre fumantes- e da necessidade de técnicos -no caso, pesquisadores da medicina- intervirem em costumes sociais.

Mesmo assim, e no entanto, ainda me surpreendo ao encontrar fumantes.

Falamos, aqui, também, da minha "teoria dos pequenos suicídios" e este hábito talvez seja o mais evidente suicídio gradual em nossa sociedade. Hoje cheguei a assustar um rapaz durante uma avaliação física:

-A vida está ruim? Seus amigos não te interessam? Por que você quer deixar sua família sem sua presença? A cada cigarro que leva a boca, comete um pequeno suicídio. Deixa este mundo um pouco mais sem você.


Incrível, há agravantes. O pai teve 4 infartos. Ele, o filho, não faz exercícios, alimenta-se mal -perguntei como foi o café-da-manhã e a resposta foi "nada"-, está estressado, ansioso, elétrico, com sintomas como pontadas no peito e azia.

A boa notícia? Ele tem menos de 30 anos. Há tempo de sobra para uma virada, uma desintoxicação, uma "tomada de consciência"... Não é obeso, não tem dores nem lesões, sua pressão arterial está estabilizada. O mundo, para ele, ainda não caiu. Ainda. Apenas ele pode reverter esta trágica tendência. Eu ajudei um pouco, dei um impulso e vou acompanhá-lo nessa tarefa.

Após o susto, senti sincera gratidão pelo "tapa" que me senti impelido a oferecer a ele. Será que ele se afastará e se entregará à sedução dos sofás, das geladeiras e das tevês? Ou, decididamente, estará presente nos dias previstos e, pacientemente, aceitará o tempo necessário para a mudança definitiva?

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