Reflexão recebida hoje, de Andrea (www.fotolog.terra.com.br/reflexoes_diarias)
Doze de janeiro de 2007. Aquela poderia ser mais uma manhã como outra qualquer. Eis que o sujeito desce em uma estação do metrô em Washington vestindo jeans, camiseta e boné, encosta-se próximo à entrada, tira o violino da caixa e começa a tocar com entusiasmo para a multidão que passa por ali, bem na hora do rush matinal. Mesmo assim, durante os 45 minutos em que tocou, foi praticamente ignorado pelos passantes.
Ninguém percebeu, mas o músico era Joshua Bell, um dos maiores violinistas do mundo, executando peças musicais consagradas num instrumento raríssimo, um Stradivarius de 1713, estimado em mais de 3 milhões de dólares. Alguns dias antes, Joshua Bell havia tocado no Symphony Hall de Boston, onde os melhores lugares custaram a “bagatela” de 1.000 dólares.
A experiência, gravada em vídeo (o vídeo que antecede esta postagem), mostra homens e mulheres de andar ligeiro, copo de café na mão, celular no ouvido, crachá balançando no pescoço, indiferentes ao som do espetáculo gratuito.
A iniciativa realizada pelo jornal The Washington Post era a de lançar um debate sobre valor, contexto e arte. A conclusão: estamos acostumados a dar valor às coisas quando estão num contexto.
Aquele talentoso músico era uma obra de arte sem moldura. Um artefato de luxo sem etiqueta de grife. Esse é um exemplo daquelas tantas situações que acontecem em nossas vidas que são únicas, singulares e a que não damos a menor importância porque não vêm com a etiqueta do seu preço. O que é que tem valor real para nós, independentemente de aparências, preços e grifes? É o que o mercado diz que você deve ter, sentir, vestir ou ser?
O que o Senhor Jesus Cristo nos ensina é que "a vida de uma pessoa não consiste na abundância dos bens que ela possui". Só que o mundo prega o contrário... Por isso, quando nos transformamos em pessoas materialistas e superficiais, o vazio que se cria dentro de nós é como uma ferida que não cicatriza nunca. Para curá-la, queremos mais e mais. Mas nunca chega...
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