Vale a pena assistir várias vezes... Maravilha!!
quinta-feira, julho 30, 2009
Novos sabores
É incrivelmente comum eu ouvir das pessoas que não comem algo porque "não gostam".
- Ah, eu odeio feijão sem calabresa e carne de sol!
- Eu não gosto de salada!
- Berinjela? Não gosto, não!
- Leite desnatado?! Aquele negócio não tem gosto!
Isso parece demonstrar falta de criatividade e desconhecimento das verdadeiras necessidades do corpo humano. Quem me conhece sabe que uma das minhas frases prediletas trata deste assunto:
- Criança é que só come o que gosta. Adultos devem aprender a gostar daquilo que precisam comer!
Veja bem: não é comer forçado, engolir com raiva só porque "faz bem". É descobrir maneiras de sentir prazer em degustar determinados alimentos (e forma de preparo). Faça um suco diferente. Aprenda uma receita nova. Procure um tempero que "dê graça" ao alimento. Enfeite seu prato. Faça da refeição um momento especial. Apure seu paladar. Acrescente amor à receita.
Permita-se experimentar novos sabores na vida.
Na vida!
- Ah, eu odeio feijão sem calabresa e carne de sol!
- Eu não gosto de salada!
- Berinjela? Não gosto, não!
- Leite desnatado?! Aquele negócio não tem gosto!
Isso parece demonstrar falta de criatividade e desconhecimento das verdadeiras necessidades do corpo humano. Quem me conhece sabe que uma das minhas frases prediletas trata deste assunto:
- Criança é que só come o que gosta. Adultos devem aprender a gostar daquilo que precisam comer!
Veja bem: não é comer forçado, engolir com raiva só porque "faz bem". É descobrir maneiras de sentir prazer em degustar determinados alimentos (e forma de preparo). Faça um suco diferente. Aprenda uma receita nova. Procure um tempero que "dê graça" ao alimento. Enfeite seu prato. Faça da refeição um momento especial. Apure seu paladar. Acrescente amor à receita.
Permita-se experimentar novos sabores na vida.
Na vida!
quarta-feira, julho 29, 2009
Ilhéus: 1960 e 2009
Faço aqui uma homenagem a meu amigo José Nazal Soub, do blog Catucadas, que tem feito uma "sintonia fina" para acertar o ângulo e permitir a comparação da cidade após quase 50 anos.
Vale a pena observar a grande ocupação do morro, do Pontal, do Nelson Costa, Nossa Senhora da Vitória e, claro, a imensa faixa de areia que se formou à frente da Avenida Soares Lopes após a construção do porto, afastando o mar daquela avenida.
Vale a pena observar a grande ocupação do morro, do Pontal, do Nelson Costa, Nossa Senhora da Vitória e, claro, a imensa faixa de areia que se formou à frente da Avenida Soares Lopes após a construção do porto, afastando o mar daquela avenida.
segunda-feira, julho 27, 2009
RPPN MÃE DA MATA EM ILHÉUS, BAHIA, BRASIL
Reportagem sobre a RPPN de de nossos amigos Ronaldo, Carla e Leonardo Sant'Anna, com a minha participação.
sábado, julho 25, 2009
Planos Diretores - Final
Ontem aconteceu a entrega formal dos Projetos de Lei elaborados, com minha participação como urbanista, para oito pequenos municípios do Sul da Bahia. Este trabalho é parte das compensações sociais e ambientais exigidas pelo Ibama para que a Transportadora Gasene,da Petrobras, possa receber a Licença de Funcionamento do Gasoduto Catu-Cacimbas -GASCAC-, uma obra prioritária para o Governo Federal.
Criamos uma metodologia. Até então, apenas havia experiências e literatura voltados a municípios cuja população exceda 20.000 habitantes. São textos completos, simples, uniformes e que refletem diretamente o que foi debatido e definido em conjunto, comunidade local e nós, da equipe técnica.
Autoridades de todos os municípos estiveram presentes. Na foto, o prefeito de Mascote, a presidente da Câmara de Vereadores(Vera), Sr. Juracy (profundo conhecedor da cidade e participante do Núcleo Gestor), uma professora local, um membro da equipe de governo e eu.
É o encerramento de um trabalho difícil, que exigiu várias estratégias que motivassem a indispensável participação popular. Foi suficiente, mas sabemos que o desafio, agora, é imenso. Não há, ainda, cultura de prevenção, planejamento e respeito as leis. Mas ali está minha contribuição.
Já estou com saudade. São cidades simples, mas com pessoas. Pessoas de verdade.
Criamos uma metodologia. Até então, apenas havia experiências e literatura voltados a municípios cuja população exceda 20.000 habitantes. São textos completos, simples, uniformes e que refletem diretamente o que foi debatido e definido em conjunto, comunidade local e nós, da equipe técnica.
Autoridades de todos os municípos estiveram presentes. Na foto, o prefeito de Mascote, a presidente da Câmara de Vereadores(Vera), Sr. Juracy (profundo conhecedor da cidade e participante do Núcleo Gestor), uma professora local, um membro da equipe de governo e eu.
É o encerramento de um trabalho difícil, que exigiu várias estratégias que motivassem a indispensável participação popular. Foi suficiente, mas sabemos que o desafio, agora, é imenso. Não há, ainda, cultura de prevenção, planejamento e respeito as leis. Mas ali está minha contribuição.
Já estou com saudade. São cidades simples, mas com pessoas. Pessoas de verdade.
sexta-feira, julho 24, 2009
Cães e células
A técnica de adestramento de cães é muito simples. Cães não se importam em ser líderes ou liderados. Eles apenas assimilam as mensagens -diretas ou subliminares- que seus donos emitem. Ou seja, se você não assumir a liderança, ele -sim, seu cãozinho- assume. É assim: se você sempre caminhar atrás de seu cão, deixando-o puxar a coleira ou, mesmo, ir correndo à sua frente, isso é a mensagem de que ele é o líder. Aí, ele vai pular em você a hora que quiser, urinar em qualquer canto, latir sem controle, arrancar plantas... Afinal, ele não é o líder? Líderes fazem o que querem.
Com nossas células acontece o mesmo. Elas são "adestráveis".
Por que motivo iríamos adestrar nossas células? Pela qualidade do metabolismo. Um bom metabolismo significa tecidos e órgãos funcionando em harmonia, internamente e na relação entre eles. Significa melhor aproveitamento da energia disponível. Melhor eliminação de resíduos. Peso adequado, disposição, aparência rejuvenecida...
Pense. Que mensagens tem enviado a suas células? Que trabalhem à vontade, que continuem retirando de seu sangue o excesso de nutrientes -gordura, por exemplo-, que assumam uma velocidade desse processo plenamente adequada? Ou que atuem preguiçosamente, ocupem-se em "armazenar energia", com lentidão?
Grandes períodos em jejum, por exemplo, são recebidos por suas células como uma mensagem de que "vai faltar alimento". Resposta: reduzir a velocidade de processamento do que houver de nutrientes no sangue; "hibernar", pois haveria necessidade de se preparar para aquela falta. As células iniciam, aí, um processo preguiçoso e perigoso. Quando vier o alimento elas não estarão preparadas para processá-lo com eficiência, pois estarão em "marcha lenta"...
Outra forma de ativá-las é assumir em todo o equipamento -seu corpo- uma atitude positiva, ativa, enérgica, desperta. Pratique, sim, exercícios com disposição, não enrole na hora de levantar da cama, pela manhã, respire fundo, alongue-se, leia muito, esteja "suavemente alerta" no mundo... Assuma o comando de suas células. Senão elas serão as líderes e farão, simplesmente, o que quiserem...
quinta-feira, julho 23, 2009
Aprendendo com o esporte
Durante vários anos fui aluno de um excepcional professor de tênis. Ele era argentino, muito falante, mas brilhava pela didática. Além das indispensáveis aulas técnicas, com incansáveis repetições -saque, esquerda, direita, slice, top spin, smash...- ele ensinava tática.
Seriam inúmeros os exemplos, mas o mais interessante vale para toda a vida.
-Você errou. Errou feio. A bola pegou na fita, fez aquele barulhinho típico, e, teimosa, caiu do seu lado da quadra. Ponto para o adversário. O que as pessoas fazem? Ficam remoendo e visualizando sem parar a imagem da bola batendo na fita e caindo do lado de cá. O que você deve fazer? Apagar da memória aquele lance. Acabou. A bola caiu, então vai começar um novo lance, com milhares de possibilidades. Se conseguir, até, visualize a bola passando, certinha, caindo onde deve cair...
Ele dizia que, inclusive, estatisticamente, um erro nosso cria uma possibilidade maior de um acerto na próxima jogada. Ele mostrava no quadro:
- Você vai acertar, digamos, 60% das bolas. E errar os restantes 40%. Se você errou uma bola, é como se tivesse gasto um erro previsto. Maior a chance, então, de, na próxima, acertar!
E completava:
-Da mesma maneira, se o seu adversário conseguiu acertar uma bola impossível, aquela dificílima, no canto, no fundo, fique tranquilo. Às vezes ele acerta uma dessa por jogo. Foi aquela. Ele vai errar as próximas. Não se diminua perante aquele acerto.
Sim, a gente fica se martirizando com momentos ruins que teríamos vivido e deixamos de iniciar uma "nova jogada", com mais atenção, com mais experiência, com mais envolvimento, na vida. O sucesso do outro tende a nos fazer sentir menores do que somos, mas todos erram de vez em quando, mesmo aquele outro que teria alcançado sucesso, mas continua falível, humano...
Os outros não deveriam ser nossa referência. Nós somos nosso maior adversário. Nossos limites é que devem ser alcançados. Tanto que aquele técnico dizia que devemos olhar para a bola, que é com o que temos contato, e, não, a pessoa do adversário.
Match Point!
Seriam inúmeros os exemplos, mas o mais interessante vale para toda a vida.
-Você errou. Errou feio. A bola pegou na fita, fez aquele barulhinho típico, e, teimosa, caiu do seu lado da quadra. Ponto para o adversário. O que as pessoas fazem? Ficam remoendo e visualizando sem parar a imagem da bola batendo na fita e caindo do lado de cá. O que você deve fazer? Apagar da memória aquele lance. Acabou. A bola caiu, então vai começar um novo lance, com milhares de possibilidades. Se conseguir, até, visualize a bola passando, certinha, caindo onde deve cair...
Ele dizia que, inclusive, estatisticamente, um erro nosso cria uma possibilidade maior de um acerto na próxima jogada. Ele mostrava no quadro:
- Você vai acertar, digamos, 60% das bolas. E errar os restantes 40%. Se você errou uma bola, é como se tivesse gasto um erro previsto. Maior a chance, então, de, na próxima, acertar!
E completava:
-Da mesma maneira, se o seu adversário conseguiu acertar uma bola impossível, aquela dificílima, no canto, no fundo, fique tranquilo. Às vezes ele acerta uma dessa por jogo. Foi aquela. Ele vai errar as próximas. Não se diminua perante aquele acerto.
Sim, a gente fica se martirizando com momentos ruins que teríamos vivido e deixamos de iniciar uma "nova jogada", com mais atenção, com mais experiência, com mais envolvimento, na vida. O sucesso do outro tende a nos fazer sentir menores do que somos, mas todos erram de vez em quando, mesmo aquele outro que teria alcançado sucesso, mas continua falível, humano...
Os outros não deveriam ser nossa referência. Nós somos nosso maior adversário. Nossos limites é que devem ser alcançados. Tanto que aquele técnico dizia que devemos olhar para a bola, que é com o que temos contato, e, não, a pessoa do adversário.
Match Point!
quarta-feira, julho 22, 2009
Exemplo...
É tudo de bom.
Voltar à forma com exercícios sem impacto e completos. Natação. Diariamente.
No livro "A Fonte da Juventude", de que já falei tanto (lembra dos ritos tibetanos?) há um capítulo sobre alimentação. Lembrei muito de um livro que li há muito tempo. "Fit for life" em inglês e "Dieta sem fome", em português (deveria ser "Entre em forma pela vida", mas...). A teoria é a mesma: apenas frutas pela manhã. Muitas frutas. Alimentos com alto teor de líquidos nessa fase do dia contribuiriam para a digestão e a absorção dos nutrientes, assim como pela adequada eliminação de resíduos. Nas refeições, a idéia é não misturar carboidrato com proteína. Nem os diversos tipos de proteínas. Essas misturas dificultariam a digestão. Por exemplo, se você quiser um filé de frango grelhado, deveria comê-lo com verduras e legumes. E evitar arroz ou macarrão (carboidratos) e outra proteína (queijos, peixe etc.). Se o prato for uma massa, a sugestão é combiná-la, também, com verduras ou legumes: macarrão com brócolis e molho de tomate!
A sensação, após alguns dias é de leveza e bem-estar. Naquela época eu já havia experimentado e, agora, sinto um efeito muito parecido. Vamos ver!
Na foto, meu prato do café-da-manhã: mamão, banana, quiwi, maçã, graviola, linhaça, aveia, mel, canela.
segunda-feira, julho 20, 2009
Tribos e nada mais
Geoffrey Blainey descreve "numa única conversa" tudo o que aconteceu desde que o mundo foi criado.
Seu livro, "Uma breve história do mundo" é um bestseller. Fácil de ler. É como se falasse de nossa família, de nós mesmos. E, na verdade, fala mesmo!
Por mais que saibamos do contrário, vivemos como se o mundo tivesse a nossa idade, como se o mundo fosse morrer assim que nós morrêssemos. Vivemos como se tudo que existe tivesse surgido com o nosso nascimento.
Será que compreendemos, por exemplo, o sentimento de um palestino ou de um cidadão de Israel? Será que alcançamos o significado da escravidão? Será que nos permitimos perceber como as religiões nasceram e se desenvolveram?
Este estado, quase mágico, de equilíbrio social é uma conquista e tanto. Sim, eu sei, há uma guerra religiosa, há uma crise econômica, há uma devastação dos recursos naturais, há crise moral... Mas, interessante, é bom observar o que aconteceu antes e o que permanece, apesar de tudo.
Há comércio entre as nações. Há trânsito entre os cidadãos. Fora casos de exceção, você pode ir à Europa, à América, Austrália, Ásia... Há uma União Européia, uma ONU... Há comunicação quase instantânea entre todos os povos. Sim, quase todos, mas, se todos os governantes quisessem, teriam essa comunicação possível a todas as pessoas.
Ao mesmo tempo, continuamos agindo como tribos. Nosso instinto é tribal. Tudo se conquistou, na história humana, devido à força, à união, à determinação coletiva dos participantes das tribos. Romanos, Otomanos, Chineses, Gregos, Turcos, Japoneses, Americanos...
E guerras. Muitas guerras. Como nem imaginamos. Hoje há uma "ética" (?) da guerra, até! Ao longo da história, guerra era... Guerra! Como são as guerras, hoje? Pela economia? Pelo petróleo? Pela água? Tribos...
E a ciência? Que papel teve na evolução da raça humana? Foguetes eram lançados, ou para destruir, ou, em tempos de paz, para levar satélites ao espaço. Simples, não é? Sempre haverá utilidade. E o choque da ciência com as religiões? Desde Copérnico aos cientistas atuais que pesquisam células-tronco, há o debate.
E os recursos naturais? Nunca se imaginou que ficariam escassos. Florestas sempre foram fonte de energia. Lenha. Desde o movimento dos continentes em direção ao desenho atual, as populações dependeram de energia e comida. Houve épocas, não muito distantes, que a agricultura produzia na proporção de 3 para 1. Ou seja, uma semente produzia outras três, após a colheita! Uma seria para replantio, duas para alimentação.
Vale a leitura. A gente se situa melhor no mundo e em nossa época.
sábado, julho 18, 2009
É campeão!!
Fui cobrado e aqui corrijo: no disputado concurso nacional - Ballace - realizado em Camaçari, em junho, a Escola de Dança Tonus foi o máximo! Seu Grupo de Dança, com total suspense e direito a respiração presa até o anúncio da nota, foi 10 na categoria "Jazz". A melhor de toda essa região, o exemplo, a referência. Parabéns a todos.
Vamos sempre nos esforçar para a Dança ser uma carreira, uma possibilidade de inclusão social e um instrumento de verdadeira educação.
sexta-feira, julho 17, 2009
Pilates. Parece mágica.
Pelo menos o trabalho de Pilates em que eu acredito, que considera a realidade emocional para conquistar resultados físicos, é capaz de aproximar pessoas, umas das outras e, mais ainda, de si mesmas.
Depois de tanto tempo ao lado de "clientes", alunos e amigos, vejo uma incrível linearidade. Ou seja, é como se todos tivessem que passar pelas mesmas fases, até encontrar um estado de equilíbrio e prazer com os exercícios baseados nos ensinamentos de Joseph Pilates.
Duas frases que eles ouvem de mim, insistentemente:
-Meu trabalho de Pilates é 3 em 1. Sempre tem alongamento, sempre tem um trabalho muscular localizado e sempre tem trabalho abdominal. Sempre.
-É a única modalidade em que você paga por 2 horas por semana e pratica 24 horas por dia!
Hoje recebi o carinho de Lourdes, que vai passar algum tempo distante. Diz que retorna. Ela confirma o caminho correto desta minha proposta. Ela carrega, em si, um estímulo e um conhecimento insubstituíveis. Parabéns pelas conquistas!
quinta-feira, julho 16, 2009
Vida - Manual de instruções
A vida não vem com um manual de instruções.
Por algum motivo nos aproximamos e nos distanciamos das pessoas. Química. Interesses. Neuroses. Afinidades. A maior das afinidades me parece ser a forma de lidar com a própria vida. Com seus altos e baixos, com seus problemas, com suas soluções, fracassos e sucessos. A maneira de enfrentar limitações pessoais e dos outros diz muito de nós e de nossos relacionamentos. Do quanto nos identificamos com amigos, colegas, parceiros...
Você convive com quem te "eleva a alma"? Tuas companhias te alegram ou te deprimem? Você escolhe ou é escolhido? Como as pessoas à sua volta lidam com suas próprias vidas? Como elas enfrentam seus problemas e curtem seus sucessos?
Você observa o status de suas afinidades?
Por algum motivo nos aproximamos e nos distanciamos das pessoas. Química. Interesses. Neuroses. Afinidades. A maior das afinidades me parece ser a forma de lidar com a própria vida. Com seus altos e baixos, com seus problemas, com suas soluções, fracassos e sucessos. A maneira de enfrentar limitações pessoais e dos outros diz muito de nós e de nossos relacionamentos. Do quanto nos identificamos com amigos, colegas, parceiros...
Você convive com quem te "eleva a alma"? Tuas companhias te alegram ou te deprimem? Você escolhe ou é escolhido? Como as pessoas à sua volta lidam com suas próprias vidas? Como elas enfrentam seus problemas e curtem seus sucessos?
Você observa o status de suas afinidades?
domingo, julho 05, 2009
Freud, liderança e política
Freud escreveu a Einstein, em 1932. O assunto era a guerra e ele especulava sobre o que poderia fazer um indivíduo realmente "destrutivo". E afirmou que havia dois tipos de homens: líderes e liderados. Muito poucos seriam os líderes e muitos seriam os liderados.
Sérgio Telles, psicanalista, escreveu, neste domingo no Estadão, referindo-se àquela correspondência e transportando-a aos dias de hoje. Ele recorda que, apesar de concordar que melhores níveis de escolaridade podem fazer diferença, escolher maus políticos não é exclusividade do subdesenvolvimento. Cita, como exemplos, Bush e Berlusconi.
Ele apresenta uma teoria em que a escolha do eleitor é "permeada por uma forte irracionalidade". Ou seja, seria uma escolha irracional, inconsciente. Portanto, Freud pode nos auxiliar a compreender esse processo. E ele explica.
Para Freud, o líder é pessoalmente identificado como uma forte figura paterna. E o grupo se reúne como irmãos a serem comandados por "esse pai poderoso de quem demanda amor e proteção".
Telles afirma, então, que Freud parece dizer que a grande maioria dos homens prefere e deseja ser comandada. Seriam desejos infantis -"infantilismo regressivo"- de um pai forte e poderoso, trocando, assim, independência e autonomia por proteção.
A escolha democrática, então, fica comprometida. Não pelo nível de escolaridade, mas pela tendência humana pela submissão em troca de afeto e proteção. A "destrutividade" citada por Freud na carta a Einstein, não seria bélica, nos dias de hoje. Para Telles, expressa-se como corrupção. Seria uma "manifestação predatória e fanática" do poder, desrespeitando a coletividade e colocando milhões na miséria e no desamparo.
Ainda assim, o psicanalista não vê sistema melhor que o democrático e que devemos lutar para que os eleitores se apropriem de seus direitos civis e que saibam reconhecer a diferença entre a escolha objetiva e a fantasia de reencontrar a proteção perdida.
sábado, julho 04, 2009
Pensamento em longo prazo?
Já há bastante tempo recorro a exemplos para tentar motivar obesos, diabéticos, hipertensos a adotar hábitos renovados para seus dia-a-dias. Um dos mais eficientes funciona assim:
-O que vocês adoram comer? Uma torta de chocolate? Uma lasanha? Então imaginem que aqui no centro há uma suculenta lasanha. Quentinha, borbulhando... E eu digo para vocês que podem comer à vontade. Quanto quiserem. Sem medo. E digo que não vão engordar, nem prejudicar sua saúde com isso. Bom, não é?
Todos salivam e respondem afirmamente como uma coreografia de cabeças.
-Mas, esperem um pouco. Tem uma condição. O sabor. Ela vai estar deliciosa, a melhor que já experimentaram. Mas o sabor, este vocês apenas vão sentir daqui a um mês. Sim, trinta dias. Mas eu garanto, vão sentir o melhor dos sabores. Daqui a trinta dias.
Desânimo geral. Quebrei a magia. Aí, inverto o raciocínio:
-Imaginem agora que estão fazendo exercícios. Uma caminhada na esteira. Simples, não é? Pensem que após alguns minutos vocês começam a reduzir seu peso. Logo passam a sentir-se melhor, animados, com mais fôlego e disposição. Antes de descer da esteira, vocês percebem a musculatura mais rígida. Olham-se no espelho e já estão mais bonitos, elegantes, atraentes... Verificam a pressão arterial e ela está estabilizada. Já podem deixar imediatamente de tomar os remédios. Alguns minutos de caminhada e tudo isso acontece.
Quase todos se mexem nas cadeiras como se quisessem iniciar seus exercícios antes de terminar nossa conversa. Eu, então, finalizo:
-O problema é que acontece justamente o inverso. O sabor, ele nos satisfaz no ato. Os exercícios têm um prazo para produzir seus efeitos. Nós acabamos nos rendendo ao curto prazo. E ficamos doentes no longo prazo. No início -especialmente para os sedentários de carteirinha- exercitar-se é um sacrifício. Os músculos dóem, ficamos suados, "perdemos tempo", temos que pagar "para sermos torturados"... No longo prazo -para aqueles que persistem- somos premiados por todos aqueles resultados de que falei. Imediatamente sentimos o doce sabor da torta, mas com o tempo instalamos doenças que nos fazem perder nossa produtividade como pessoas.
É como cartão de crédito. Usufruimos do prazer de comprar hoje. Só vamos passar pelo desprazer de pagar, depois. Ou, ainda com exemplos de finanças: se pudermos escolher, normalmente preferimos ficar com R$ 50 hoje, em vez de, digamos, R$ 100 daqui a dois anos.
Qual o peso que o curto prazo possui nas suas atitudes? O quanto você está preparado para os efeitos -positivos ou negativos- numa perspectiva de longo prazo?
-O que vocês adoram comer? Uma torta de chocolate? Uma lasanha? Então imaginem que aqui no centro há uma suculenta lasanha. Quentinha, borbulhando... E eu digo para vocês que podem comer à vontade. Quanto quiserem. Sem medo. E digo que não vão engordar, nem prejudicar sua saúde com isso. Bom, não é?
Todos salivam e respondem afirmamente como uma coreografia de cabeças.
-Mas, esperem um pouco. Tem uma condição. O sabor. Ela vai estar deliciosa, a melhor que já experimentaram. Mas o sabor, este vocês apenas vão sentir daqui a um mês. Sim, trinta dias. Mas eu garanto, vão sentir o melhor dos sabores. Daqui a trinta dias.
Desânimo geral. Quebrei a magia. Aí, inverto o raciocínio:
-Imaginem agora que estão fazendo exercícios. Uma caminhada na esteira. Simples, não é? Pensem que após alguns minutos vocês começam a reduzir seu peso. Logo passam a sentir-se melhor, animados, com mais fôlego e disposição. Antes de descer da esteira, vocês percebem a musculatura mais rígida. Olham-se no espelho e já estão mais bonitos, elegantes, atraentes... Verificam a pressão arterial e ela está estabilizada. Já podem deixar imediatamente de tomar os remédios. Alguns minutos de caminhada e tudo isso acontece.
Quase todos se mexem nas cadeiras como se quisessem iniciar seus exercícios antes de terminar nossa conversa. Eu, então, finalizo:
-O problema é que acontece justamente o inverso. O sabor, ele nos satisfaz no ato. Os exercícios têm um prazo para produzir seus efeitos. Nós acabamos nos rendendo ao curto prazo. E ficamos doentes no longo prazo. No início -especialmente para os sedentários de carteirinha- exercitar-se é um sacrifício. Os músculos dóem, ficamos suados, "perdemos tempo", temos que pagar "para sermos torturados"... No longo prazo -para aqueles que persistem- somos premiados por todos aqueles resultados de que falei. Imediatamente sentimos o doce sabor da torta, mas com o tempo instalamos doenças que nos fazem perder nossa produtividade como pessoas.
É como cartão de crédito. Usufruimos do prazer de comprar hoje. Só vamos passar pelo desprazer de pagar, depois. Ou, ainda com exemplos de finanças: se pudermos escolher, normalmente preferimos ficar com R$ 50 hoje, em vez de, digamos, R$ 100 daqui a dois anos.
Qual o peso que o curto prazo possui nas suas atitudes? O quanto você está preparado para os efeitos -positivos ou negativos- numa perspectiva de longo prazo?
sexta-feira, julho 03, 2009
Psicologia Humanista
Há muito tempo Abraham Maslow disse:
"Se o núcleo essencial (natureza interna) da pessoa for frustrado, negado ou suprimido, o resultado é a doença".
Deepak Chopra, já falei aqui algumas vezes, em "As sete leis espirituais do sucesso", nos convida a compreender nossa vocação especial e disponibilizá-la para a humanidade.
J. Reeve, ainda em "Motivação e Emoção", insiste que quando a cultura tenta substituir a natureza íntima da pessoa por um estilo apenas socialmente valorizado, o resultado é o "desajuste". Dá o exemplo de uma pesquisa realizada por Kasser & Ryer. As pessoas que dedicam a vida a perseguir dinheiro, fama e popularidade sofrem mais angústias psicológicas do que as pessoas que vão em busca de orientações internas, como a auto-realização. E pior: isto acontece mesmo quando alcançam dinheiro, fama e popularidade!
E os desajustes se manifestam em forma de doenças.
Quais são as suas "orientações internas"? O que sua saúde demonstra sobre o quanto você tem "se adaptado" ao que a sociedade espera de você? Quanto você respeita sua "natureza íntima"?
"Se o núcleo essencial (natureza interna) da pessoa for frustrado, negado ou suprimido, o resultado é a doença".
Deepak Chopra, já falei aqui algumas vezes, em "As sete leis espirituais do sucesso", nos convida a compreender nossa vocação especial e disponibilizá-la para a humanidade.
J. Reeve, ainda em "Motivação e Emoção", insiste que quando a cultura tenta substituir a natureza íntima da pessoa por um estilo apenas socialmente valorizado, o resultado é o "desajuste". Dá o exemplo de uma pesquisa realizada por Kasser & Ryer. As pessoas que dedicam a vida a perseguir dinheiro, fama e popularidade sofrem mais angústias psicológicas do que as pessoas que vão em busca de orientações internas, como a auto-realização. E pior: isto acontece mesmo quando alcançam dinheiro, fama e popularidade!
E os desajustes se manifestam em forma de doenças.
Quais são as suas "orientações internas"? O que sua saúde demonstra sobre o quanto você tem "se adaptado" ao que a sociedade espera de você? Quanto você respeita sua "natureza íntima"?
quinta-feira, julho 02, 2009
Dois caminhos, apenas uma escolha
Recordo sempre uma crônica de Luís Fernando Veríssimo em que ele descreve uma situação fictícia, claro, mas bem-humorada e que nos ajuda a aceitar a vida... Procurei nos "googles" e nos livros que ainda estão comigo e não encontrei, para, aqui, publicá-la integralmente. Segue "minha versão". Homenagem a uma de minhas referências literárias. Até porque na relação de admiração há um certo ódio... Odeio o fato de não ter sido o autor daquele texto...
Mas a história é simples. Ele encontra-se, só, em um bar, desanimado e desiludido com sua vida. Pensa em tantas coisas que poderia ter feito caso suas decisões tivessem sido diferentes... Aí, vê que há outra mesa ocupada. E reconhece a pessoa. É ele, mesmo. Um pouco diferente, mas não há dúvida. Seria ele próprio, na mesa ao lado!
Curioso, aproxima-se e puxa uma conversa. -"Quem é você?"
-"Eu sou você. O você que casou com a Ritinha."
-"O quê?! A Ritinha?! Todos queriam casar com ela! A mais desejada do bairro, da escola, da faculdade! Que maravilha! E como ela está?"
-"Não sei... No início foi ótimo, felizes, fogosos... Mas, depois de alguns anos ela se revelou. Sumia por dias... Sim, me traiu com todos do bairro, da escola, da faculdade... Entrei em depressão. Perdi o emprego. E, agora, estou aqui, jogado neste bar..."
Ainda sob o impacto da revelação, ele vê outra pessoa em outra mesa. É outro "ele", como o primeiro. Não resiste e aproxima-se.
-"Eu sou você. Só que defendi aquele penalti."
-"Não acredito! Escolhi o canto errado e aquilo arruinou minha vida! Larguei a carreira, meus amigos me culparam e muitos se afastaram... E depois?"
-"Foi ótimo! Fui contratado por um grande clube, ganhei muito dinheiro. Depois meu passe foi vendido para um time da Europa. As mulheres me assediavam. Aí, comecei a beber. Muito. Nenhuma droga me satisfazia. Fiquei viciado. Vários escândalos afetaram minha imagem. Em pouco tempo nenhum clube me queria, voltei ao Brasil, joguei na segundona, tentei carreira como técnico, mas nada me salvava... Agora, estou aqui, jogado, sozinho, neste bar..."
Assim, em cada mesa havia um "ele" e todos tinham histórias parecidas. A sala ficou lotada, todas as mesas ocupadas por vários "ele". Ele achava que as decisões que tomara tinham arruinado sua vida, mas as outras decisões haviam provocado problemas muito maiores. Problemas de verdade. O que ele achava que era ruim -sua vida- poderia ter sido muito pior.
Sem arrependimento e culpa. Sua vida passou a ter novo significado.
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