Na confusão do cancelamento de um vôo, que já era escala, em Salvador, arrumou-se uma confusão. As pessoas se aglomeravam em busca de uma informação.
-E minha conexão para Porto Alegre?
-Eu tenho prioridade!
-E as crianças, e o Natal?!
O rapaz da companhia aérea, trazia informações e conseguia tratar a todos com educação e firmeza. Não importa se realmente fôra um defeito e a peça viria de São Paulo, ou tratava-se de "safadeza" da empresa.
Alguns foram encaixados em outro vôo que os levaria -sim, com atraso- a seu destino, com outra escala. Logo atrás de mim, uma senhora resmungava, demonstrando óbvio mau humor:
-Que bagunça, que desorganização!...
Eu me senti à vontade para argumentar:
-Considerando as fragilidades do ser humano, até que tudo está correndo muito bem. E o rapaz do balcão, fala a verdade, deu um show e foi muito eficiente, não é?!
Ela ficou dez segundos pensando. Abriu um sorriso.
-Não é que é verdade?
Fiquei com a sensação de que aquele pequeno transtorno, que teria estado presente nas festas de Natal daquela senhora, encerrou-se ali.
Nenhum comentário:
Postar um comentário